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    Sindicatos apostam no apagão para ganhar apoio contra privatização da Sabesp

    Apagão em São Paulo reforçou a narrativa contra a privatização da Sabesp”, disse à CNN a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa

    Pedro Venceslau

    No momento em que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) faz uma ofensiva na Assembleia Legislativa para aprovar o projeto de desestatização da Sabesp, o movimento contrário ao projeto ganhou o reforço do Sindicato dos Professores e aposta no apagão da energia em São Paulo para obter apoio da população para a nova greve de várias categorias.

    Na paralisação do dia 3 de outubro contra a privatização da Sabesp, o trânsito na cidade de São Paulo chegou a registrar 767 quilômetros de lentidão à noite.

    Vídeo: Tarcísio de Freitas sobre greve do metrô de SP: “Interesses políticos”

    Apenas quatro linhas de transporte sobre trilhos funcionaram normalmente. Duas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foram abertas posteriormente ao longo do dia.

    “O apagão em São Paulo reforçou a narrativa contra a privatização da Sabesp”, disse à CNN a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa.

    O deputado Barros Munhoz (PSDB), relator do projeto na Alesp, rebateu: ”A greve foi muito popular e só vai causar desgaste para os organizadores. Isso não vai afetar o andamento do projeto na Alesp”, afirmou.

    O governo estadual deve repetir a mesma estratégia da greve anterior e vai fazer uma ofensiva jurídica contra os sindicatos, além de travar um embate público contra os sindicatos, que serão acusados de fazer uso político da greve.

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