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    Eleições 2022

    Sindicato precisa ser “freio de arrumação na ganância empresarial”, diz Lula

    Fala aconteceu durante evento de apoio do Solidariedade, de Paulinho da Força, à pré-candidatura do petista

    Da CNN

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta terça-feira (3) que os sindicatos precisam funcionar como um “freio de arrumação na ganância empresarial”. A fala ocorreu durante o evento em que o Solidariedade, do deputado federal Paulinho da Força (SP), ligado à Força Sindical, declarou apoio ao petista na disputa à Presidência.

    “É importante que o sindicato seja um freio de arrumação na ganância empresarial. O sindicato não quer que o empresário tenha prejuízo, pois se o empresário tiver prejuízo, a fábrica quebra e o trabalhador fica sem emprego. Essa gente tem que entender que nós não somos imbecis. O sindicalista quer que a fábrica, na sua categoria, seja forte, ganhe muito, produza muito, venda muito, aumente o salário dos trabalhadores e gere emprego”, disse Lula.

    Pouco antes, Lula comentou a revogação da contribuição sindical, um dispositivo eliminado pela reforma trabalhista, de 2017, durante o governo de Michel Temer (MDB), e pediu que as instituições de classe tenham “soberania” para definir, em assembleia, como será a contribuição dos trabalhadores.

    “Por que que o Temer acabou com a contribuição assistencial aos sindicatos? Como é que o sindicato vai viver se não tem recurso para suas atividades? Na verdade, o trabalhador não gostava de pagar imposto sindical. Pagar um dia de serviço ao sindicato… era o dia que a gente era mais xingado dentro da fábrica”, disse Lula.

    “Mas a gente não quer de volta o imposto sindical, não. A gente quer apenas um artigo em uma lei que diga que a contribuição sindical é de responsabilidade do sindicato, de convocar os trabalhadores em uma assembleia livre e soberana para decidirem como os trabalhadores vão contribuir. Eles não fizeram isso porque o fascismo não aceita um sindicato forte, e não tem democracia forte no mundo que não tenha sindicato forte”, completou o petista.

    No mesmo evento, Paulinho da Força pediu a Lula para “esquecer” a reforma trabalhista e deixar que o tema envolvendo as mudanças nos direitos dos trabalhadores ficasse nas mãos do Congresso.

    “Lula, esquece a reforma trabalhista, ganha a eleição que em dois meses o Marcelo Ramos (PSD-AM) e eu resolvemos isso no Congresso”, disse Paulinho, durante cerimônia do partido em apoio à Lula, nesta terça-feira (3).

    “Digo isso porque acho que precisamos tratar do Brasil, nunca teve tanta gente morando nas ruas, tantos desempregados, a inflação voltou, Bolsonaro destruiu nosso país”, afirmou Paulinho.

    O ex-presidente Lula discordou de Paulinho quanto à “facilidade” prometida pelo apoiador para derrubar a reforma no Congresso após as eleições.

    “Agradeço o Paulinho, mas não é fácil como você vendeu não, você sabe que o jogo é pesado, se a gente eleger uma maioria de deputados que pensa contrário a você estaremos enrolados”, disse o pré-candidato petista.

    Debate

    A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.

    *Publicado por Marcelo Tuvuca, com informações de Alvaro Gadelha e Vinícius Bernardes, da CNN