Sindicalistas pedem a Moraes campanha contra assédio eleitoral
Pedido é assinado pela CUT, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Nova Central Sindical de Trabalhadores e Central dos Sindicatos Brasileiros
Os presidentes das principais centrais sindicais enviaram, nesta terça-feira (25), um pedido ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, para que seja veiculada uma campanha nas rádios e TVs contra o assédio eleitoral.
O pedido é assinado pelos presidentes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), da Força Sindical, da UGT (União Geral dos Trabalhadores), da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).
A proposta é que o TSE realize uma campanha para combater o assédio eleitoral nesta reta final de eleições. As centrais reforçam que houve um aumento exponencial no número de denúncias nos últimos dias, especialmente com a definição do segundo turno da disputa presidencial.
“Tendo em vista o número crescente de denúncias de assédio eleitoral — as formalizadas por meio da página da internet do Ministério Público do Trabalho já somam mais de mil e várias estão documentadas com vídeos — e a proximidade do segundo turno das Eleições Gerais de 2022, é imprescindível uma ação contundente e urgente do Tribunal Superior Eleitoral na defesa da liberdade de convicção política e do direito fundamental ao voto livre e secreto”, diz trecho do documento.
O pedido foi encaminhado ao TSE nesta terça (25) e ainda não há uma definição por parte do Tribunal.
Os representantes das centrais sindicais também pediram uma audiência com Alexandre de Moraes para tratar do assunto. A CNN apurou, porém, que uma reunião nos últimos dias que antecedem o segundo turno é vista como improvável pelos sindicalistas.
Segundo dados do Ministério Público do Trabalho divulgados nesta terça (25), são 1.435 denúncias de assédio eleitoral apresentadas contra mais de mil empresas até o momento. Para efeito de comparação, em 2018, foram 212 denúncias contra 98 empresas.