Simone Tebet e Mara Gabrilli anunciam chapa 100% feminina à Presidência
É a primeira vez que partidos com representatividade no Congresso Nacional terão candidatas a presidente e vice na mesma chapa
As senadoras Simone Tebet (MDB), candidata à Presidência, e Mara Gabrilli (PSDB-SP), candidata a vice, confirmaram, nesta terça-feira (2), a primeira chapa entre partidos com representatividade no Congresso formada integralmente por mulheres na história das eleições para presidente do Brasil.
Confirmada na última quarta como candidata à Presidência, na convenção do MDB, Tebet é a nona mulher a disputar a Presidência – depois dela, Sofia Manzano (PCB) e Vera Lúcia (PSTU) – essa última, que já havia disputado o cargo em 2018 – também foram aprovadas por seus partidos.
Já a chapa entre Tebet e Gabrilli, que formam parte da bancada feminina no Senado, é a terceira 100% feminina da história brasileira desde a redemocratização – a primeira, no entanto, a ser composta por partidos que estão representados no Congresso.
A composição da chapa foi confirmada em evento no diretório estadual do PSDB, em São Paulo, nesta terça. Os presidentes dos partidos, Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB) e Roberto Freire (Cidadania), que formam a coligação, também estavam presentes.
A decisão de indicar Gabrilli à vaga ocorreu após a desistência do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), citado por Tebet como seu favorito para o cargo, de ocupar o posto de candidato a vice-presidente. Tasso também prestigiou o anúncio da chapa nesta terça.
Araújo, Tasso e Freire foram os primeiros a discursar no evento, comentando a composição entre Simone Tebet e Mara Gabrilli.
Fotos – todas as mulheres candidatas a presidente do Brasil
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Lívia Maria (PN), em 1989, foi a primeira candidata a presidente; ela ficou na 16ª colocação, com 0,26% dos votos válidos, no pleito que terminaria com vitória de Fernando Collor (PRN) no segundo turno • Reprodução
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Thereza Ruiz (PTN), em 1998, foi a segunda a concorrer. Ela obteve 0,25% dos votos válidos. Ela ficou na 10ª colocação em uma disputa de 12 candidatos - o vencedor foi Fernando Henrique Cardoso (PSDB), reeleito no primeiro turno • Reprodução
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Em 2006, a então senadora Heloísa Helena (PSOL) foi a primeira mulher a romper a barreira de 1 milhão de votos - ela, na verdade, conseguiu o voto de 6.575.393 dos eleitores (6,85% dos votos válidos) e ficou em terceiro lugar na eleição que seria vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reeleito no segundo turno • JOEDSON ALVES/ESTADÃO CONTEÚDO
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As eleições de 2006 também marcaram a primeira chapa 100% feminina da história das eleições brasileiras. A cientista política Ana Maria Rangel, candidata a presidente, e a advogada Delma Gama, candidata a vice, formaram a chapa do PRP e receberam 0,13% dos votos válidos • Reprodução
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Em 2010, Dilma Rousseff (PT), candidata do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a primeira mulher presidente na história do Brasil. No segundo turno, a petista recebeu 58,99% dos votos válidos e venceu o pleito contra José Serra (PSDB), conquistando a reeleição quatro anos depois, dessa vez contra Aécio Neves (PSDB). Dilma acabou sofrendo impeachment em 2016
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Marina Silva, então senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, concorreu pela primeira vez em 2010, repetindo a dose em 2014 e 2018, sempre por partidos diferentes. Pelo PV, ela ficou em terceiro em 2010 (19.33% dos votos válidos), e terminou na mesma posição em 2014, agora pelo PSB, com 21,32%. Em 2018, pelo partido que ajudou formar, a Rede, ficou na oitava posição (1% dos votos válidos) • Victor Moriyama/Getty Images
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O pleito de 2014 também teve a participação feminina de Luciana Genro (PSOL) - a terceira presidenciável naquele ano. Luciana foi a quarta colocada no primeiro turno, atrás de Dilma, Aécio e Marina, com 1,55% dos votos válidos • JF DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Candidata a presidente em 2022, Vera Lúcia (PSTU) já havia tentando o mesmo cargo em 2018, na chapa "puro sangue" com Hertz Dias - a dupla ficou em 11º lugar entre 13 candidatos, com 0,05% dos votos válidos. Nas eleições de 2022, ela formará chapa 100% feminina com a indígena Kunã Yporã (Raquel Tremembé), da etnia Tremembé, do Maranhão • Romerito Pontes/Divulgação
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A senadora Simone Tebet (MDB) foi confirmada candidata à Presidência e, dias depois, anunciou outra senadora, Mara Gabrilli (PSDB), como sua vice. É a primeira chapa 100% feminina da história de partidos que têm representação no Congresso • 25/05/2022REUTERS/Adriano Machado
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Sofia Manzano (PCB) foi a décima candidata à Presidência da história do Brasil. Ela concorrerá tendo como vice o jornalista Antonio Alves, também do PCB • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (MS) foi confirmada pelo União Brasil como a 11ª candidata à Presidência da história do Brasil; seu nome para vice é o economista Marcos Cintra, do mesmo partido • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Outras chapas 100% femininas
No pleito de 2006, o PRP foi às urnas com uma chapa composta pela cientista política Ana Maria Rangel, candidata a presidente, e a advogada Delma Gama, candidata a vice. Na ocasião, elas receberam 0,13% dos votos válidos e, entre as oito candidaturas, terminaram o pleito na quinta colocação.
A segunda chapa inteiramente feminina foi confirmada no domingo (31). A operária Vera Lúcia (PSTU), candidata à Presidência da República, tem como vice a indígena Kunã Yporã (Raquel Tremembé), da etnia Tremembé, do Maranhão.
No entanto, diferentemente do MDB e do PSDB, o extinto PRP, partido de Rangel e Gama, não tinha representatividade no Congresso em 2006 – mesmo caso do PSTU atualmente.
Dez candidatas à Presidência desde a redemocratização
A participação de mulheres como candidatas à Presidência começou com a advogada Lívia Maria, em 1989. Naquela ocasião, eram 21 candidatos homens e apenas a advogada disputando o pleito, que acabou sendo vencido por Fernando Collor (PRN). À época filiada ao PN (Partido Nacionalista), Lívia ficou na 16ª colocação, com 0,26% dos votos válidos.
Veja a lista de mulheres que disputaram a Presidência
- Lívia Maria (1989)
- Thereza Ruiz (1998)
- Heloísa Helena (2006)
- Ana Maria Rangel (2006)
- Dilma Rousseff (2010 e 2014)
- Marina Silva (2010, 2014 e 2018)
- Luciana Genro (2014)
- Vera Lúcia (2018 e 2022)
- Simone Tebet (2022)
- Sofia Manzano (2022)
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos – os pré-candidatos a Presidência
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook