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    Eleições 2022

    Simone Tebet acena para PSDB e diz que pretende “romper polarização com diálogo”

    Pré-candidata à Presidência pelo MDB afirmou não ter dúvidas de que o PSDB estará junto na campanha

    Felipe RomeroJoão Victor Soaresda CNN

    Em seu primeiro discurso após a desistência de João Doria (PSDB) da corrida eleitoral, a senadora Simone Tebet (MDB) defendeu nesta quarta-feira (25) o diálogo como forma de pacificar o país e romper com a polarização refletida nas pesquisas eleitorais entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.

    Tebet fez um discurso no diretório nacional do MDB, em Brasília, ao lado do presidente do partido, Baleia Rossi, e do presidente do Cidadania, Roberto Freire.

    Ela foi escolhida pré-candidata da terceira via — pelo MDB e Cidadania — para a disputa pela Presidência após a desistência do ex-governador paulista. Apesar da ausência de representantes do PSDB, ela afirmou não ter dúvidas de que contará com o apoio do partido.

    “Nosso maior desafio é pacificar o país e, para isso, vamos dialogar com o Brasil, resolver os problemas do Brasil. Por isso, estarei ao lado de outros partidos. Não tenho dúvida de que logo estaremos ao lado do PSDB. Essa construção está sendo muito bem feita pelos presidentes Baleia Rossi e Bruno Araújo”, afirmou.

    A senadora defendeu que ainda há espaço e tempo para a candidatura da chamada terceira via prosperar e chegar ao segundo turno das eleições presidenciais, apesar das dificuldades em decolar nas pesquisas.

    “Vamos falar menos de Lula e Bolsonaro e mais do Brasil. São dois lados da mesma moeda que se retroalimentam, de ódio, que não falam dos problemas do Brasil, de fome, de desemprego”, disse.

    Questionada sobre eventuais alianças eleitorais, Tebet disse estar aberta a “conversar com todos os partidos do centro democrático, que tenham ou não pré-candidatos”.

    Detalhes do programa de governo

    Em seu discurso, ela antecipou detalhes de como seria sua composição ministerial em uma eventual vitória nas eleições.

    “Já está no meu programa de governo a criação de um governo paritário. Quero negros comigo no governo, governando conosco. Nosso ministério será paritário entre homens e mulheres, basta que eles ou elas tenham dois pré-requisitos: competência e vontade de servir ao Brasil”, afirmou.

    Sobre a ação de forças de segurança que deixou ao menos 25 mortos no Rio de Janeiro, Tebet classificou o fato como um “massacre” e afirmou que “ninguém tem o direito de festejar a morte de quem quer que seja”.

    “A segurança pública é uma questão séria, lugar de bandido é na cadeia, mas o papel da polícia é de prevenção, detenção, deixar com a Justiça o papel de julgar e absolver ou condenar”, afirmou.

    Em relação ao tema da segurança pública, a senadora também antecipou outro ponto de seu plano de governo dizendo que irá criar um Ministério Nacional de Segurança Pública.

    “Quem deve coordenar a gestão de segurança é o governo federal, seja na área prisional, seja da gestão estratégica, que passa por uma polícia preparada, eficiente, armada, mas principalmente preparada no seu aspecto mental, de saúde”, disse.

    Tebet também foi questionada se aceitaria ser candidata a vice-presidente em uma chapa com o ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) e respondeu que a decisão não seria só por ela.

    “No momento oportuno os partidos vão decidir, mas até para ser justa com a minha história e com a história das meninas que queremos ver compartilhando poder ao lado dos homens, a vida inteira fomos obrigadas a andar atrás dos homens. Não posso ser eu, neste momento como mulher, a dar um passo para trás. Aceitar ser vice não é demérito para mim, mas pelo o que represento para a maioria do eleitorado brasileiro”, disse.

    Debate

    CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por todas as plataformas digitais.