Senadores e deputados expressam preocupação com processo eleitoral venezuelano
Presidentes das comissões de relações exteriores pedem transparência na conferência dos votos
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, manifestou a necessidade de transparência na apuração das eleições na Venezuela.
Renan considerou que a nota divulgada pelo Itamaraty traduz com precisão a posição brasileira. Nesta segunda-feira (29), o ministério das Relações Exteriores afirmou em nota que “saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração”.
“É necessário complementar os dados inafastáveis da transparência eleitoral, pré-requisito para legitimidade do pleito. Muitas nações esperam pela transparência absoluta” afirmou Renan.
Na Câmara, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) manifestou, nesta segunda-feira (29), preocupação com o fim do processo eleitoral na Venezuela.
“Manifesto a minha preocupação com o desfecho do processo eleitoral venezuelano, marcado pelo cerceamento da oposição às mesas de votação e, posteriormente, às atas, documentos indispensáveis para conferir a necessária transparência do pleito” destacou o presidente.
O deputado lembrou a decisão do governo venezuelano de impedir a participação no país de vários observadores internacionais, incluindo a ida de parlamenteares da própria Comissão de relações exteriores da Câmara.
O presidente da CREDN afirmou que a vontade popular, expressada nas urnas, deve ser respeitada. Mas pediu que o governo de Maduro permita a verificação dos votos.
“Exortamos a que o regime venezuelano permita a devida conferência das atas e mapas de votação, para que não pairem dúvidas e/ou inquietações acerca do desejo dos venezuelanos expressados nas urnas”, afirmou Redecker.