Senadores do G7 questionam atuação da Polícia Federal ouvindo depoentes da CPI
'A nossa avaliação, diante de todos esses fatos, é de que o governo está detendo o controle sobre algumas instituições de estado', diz Humberto Costa (PT-PE)
Senadores que compõem o grupo majoritário da CPI da Pandemia levantaram suspeitas sobre a isonomia da condução de uma apuração paralela do caso feita pela Polícia Federal, durante fala à imprensa após a interrupção do depoimento de Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos.
O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), reiterou a jornalistas julgar como suspeito o fato de Medrades ter sido chamada a depor à PF na véspera do compromisso com a CPI. Durante a sessão, a queixa havia sido explicitada pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).
A fala aos policiais federais foi utilizada pela diretora da Precisa para ir ao STF e justificar a necessidade de pedir o direito ao silêncio na comissão. Situação semelhante teria ocorrido com Francisco Maximiano, sócio da Precisa, antes da data original do depoimento do empresário.
“A nossa avaliação, diante de todos esses fatos, é de que o governo está detendo o controle sobre algumas instituições de estado”, acusou o senador Humberto Costa (PT-PE), titular da CPI da Pandemia.
‘Trabalho isento e imparcial’, diz nota da PF
Em nota divulgada mais cedo, a PF não cita a CPI da Pandemia, mas esclarece que “a produção de provas, sobretudo a oitiva de pessoas que possam contribuir para a elucidação dos fatos, não está atrelada a outras investigações em andamento sobre o caso”.
A Polícia Federal, diz a nota, “trabalha de forma isenta e imparcial, em busca da verdade real dos fatos, sem perseguições ou proteções de qualquer natureza”.