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    Senadores da CPI decidem poupar novos ministros de depoimento agora

    Senadores avaliam que a CPI pode cair em descrédito se fugir do foco mais concentrado em Saúde

    Basília Rodriguesda CNN

    Com a pauta cheia de pedidos para ouvir novos depoentes, senadores da CPI da Pandemia fecharam acordo para não votar agora requerimentos de convocação dos ministros da Defesa, Braga Netto e da Economia, Paulo Guedes. Também o nome do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, ficou de fora. Exemplos de alguns nomes que serão poupados agora, em um novo gesto de boa vontade da comissão com o governo. Mais do que isso: os próprios senadores avaliam que a CPI pode cair em descrédito se fugir do foco mais concentrado em Saúde.

    “Não tem nada a ver chamar Braga Netto e Paulo Guedes. Eles não são responsáveis pelos erros cometidos no Ministério da Saúde no período do ministro Pazuello  e também por aqueles que o influenciaram, como o Arthur Weintraub e o Carlos Wizard. Pazuello era um instrumento de executar o que esse grupo sugeria. Por isso, deu tudo errado”, afirmou à CNN o senador Otto Alencar. Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro da Educação, era assessor no Planalto. Wizard, empresário próximo do governo, quase foi indicado a secretário de ciência e tecnologia. “A CPI não é da Saúde? Não tem nada a ver ouvir ministro disso e daquilo”, afirmou o senador Jorginho Melo.

    Outra decisão dos senadores, que deve colocar panos quentes na comissão, é não votar agora os requerimentos de quebra de sigilos, que promoveriam uma devassa em ligações, contas bancarias e troca de mensagens de agentes do governo.

    “É melhor nós reunirmos mais elementos para justificar a quebra de sigilo. Temos que analisar muitos documentos que chegaram do Executivo e do Tribunal de Contas da União. A melhor maneira é analisar esses documentos, ouvir novas pessoas e vamos reunindo elementos que justifiquem a quebra de sigilo”, afirmou o senador de oposição, Humberto Costa, à CNN.

    Em depoimento, o executivo da Pfizer Carlos Murillo afirmou que Carlos Bolsonaro teria participado de reunião sobre a compra de vacinas no Planalto. O assessor de assuntos internacionais da presidência, Felipe Martins, também estaria presente. Ao contrário de Bolsonaro, requerimento para ouví-lo foi aprovado na reunião desta quarta-feira.

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