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    Senador pede para STF reduzir pela metade prazo de inquérito de Moro

    Randolfe Rodrigues afirma que 'rápida solução' da investigação é necessária para promover a 'pacificação nacional'

    Gabriela Coelho, da CNN, em Brasília

    O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que reduza pela metade, de 20 para 10 dias, o prazo que foi dado pelo ministro Celso de Mello para a realização de diligências no inquérito que apura uma suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na autonomia da Polícia Federal.

    São consideradas diligências, entre outras possibilidades de atuação, a tomada de depoimentos dos envolvidos em um fato, a produção de provas e a realização de buscas. O prazo de 20 dias foi dado pelo ministro Celso de Mello após este autorizar novas medidas, solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 

    A investigação a respeito de possíveis interferências de Bolsonaro na PF foi aberto após declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro que, ao pedir demissão do cargo que ocupava, afirmou que o presidente pretendia obter acesso a relatórios de inteligência da corporação.

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    Ao pedir a redução do prazo, o senador argumenta que decisão semelhante foi tomada no caso do depoimento do prório Moro, que foi reduzido para apenas cinco dias a fim de acelerar a condução do processo. O ministro foi ouvido no último sábado (2) por cerca de oito horas, em que afirmou que o presidente Jair Bolsonaro lhe pediu especificamente para escolher o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

    Segundo Randolfe, o inquérito trata de investigação de maior importância para o país. A “rápida solução da controvérsia é imperiosa para a pacificação social, tão necessária nesses momentos turbulentos pelos quais nossa república”. 

    O sendor da Rede defende a decisão do ministro Celso de Mello de tornar público o de Moro, noticiado em primeira mão pela CNN, considerando “meritória” também a posição do magistrado de que os atos que ocorrerem na sequência desta investigação serão, sempre que possível, também públicos.

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