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    ‘Sem comentários’, diz Mourão sobre crítica feita por Bolsonaro

    O presidente afirmou na segunda-feira (26) que o general da reserva por vezes ‘atrapalha um pouco’

    Gustavo Uribeda CNN

    No Peru, onde representará o Brasil na posse do novo presidente Pedro Castillo, o vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão evitou nesta terça-feira (27) responder ao presidente Jair Bolsonaro.

    Em entrevista a uma rádio da Paraíba, o presidente afirmou que o vice-presidente por vezes “atrapalha um pouco“, mas que ele tem de aturar.

    “Sem comentários”, disse Mourão à CNN.

    Na mesma entrevista, Bolsonaro afirmou que a escolha do seu candidato a vice-presidente nas eleições de 2018 foi feita “muito em cima da hora” e que, se for candidato, poderá optar por outro perfil na disputa do próximo ano com o objetivo de agregar mais.

    “O Mourão faz o teu trabalho. Ele tem uma independência muito grande, por vezes atrapalha um pouco a gente, mas o vice é igual cunhado: você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado. Você não pode mandar o cunhado ir embora”, disse o presidente.

    A declaração irritou auxiliares e aliados de Mourão, para os quais a crítica pública acaba criando maior desgaste ao governo. Para eles, a avaliação pejorativa de Bolsonaro sobre um general quatro estrela também não contribui para a imagem das Forças Armadas.

    Vice-presidente Hamilton Mourão com o presidente Jair Bolsonaro ao fundo
    Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, com o presidente Jair Bolsonaro ao fundo
    Foto: Divulgação/Bruno Batista/ VPR

    O presidente já deixou claro, em conversas reservadas, que busca um novo candidato a vice-presidente para 2022. O nome do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, é um dos cotados. Bolsonaro tem afirmado que quer um nome que não seja político profissional e que seja discreto, ou seja, que evite declarações recorrentes à imprensa.

    Já Mourão tem avaliado ser candidato à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal pelo Rio Grande do Sul. O entorno do militar defende que o vice-presidente siga na política, servindo até mesmo como um palanque para Bolsonaro no estado sulista.

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