Sem apoio, Elmar resiste a abrir mão de candidatura
Parlamentar afirma que manterá diálogo e que decisão final cabe ao partido
O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento, disse nesta quinta-feira (31) que vai manter sua candidatura na disputa pela presidência da Casa. O anúncio ocorre a despeito da decisão do União Brasil que, conforme mostrou a CNN, já fechou apoio ao candidato do Republicanos, Hugo Motta.
Ao lado do presidente do partido, Antônio Rueda, e do vice-presidente da legenda, ACM Neto, Elmar afirmou ter recebido um “voto de confiança” da bancada, que se reuniu nesta manhã, para manter conversas.
“A conversa e o diálogo é sempre lutar, vamos ouvi-lo [Motta], como também vamos encontrar com o candidato Antônio Brito, com quem nós fizemos um pacto de apoio recíproco no segundo turno. Fruto dessas conversas poderá ter algum tipo de avanço. Não acredito que essa semana haja qualquer tipo de conclusão, se houver, vocês saberão”, disse em entrevista a jornalistas.
Elmar negou “resistência” em manter ou retirar a candidatura. Segundo ele, a sua candidatura é do União Brasil e das legendas que sinalizaram apoio a ele. “A candidatura não me pertence, pertence ao meu partido e aos partidos que me apoiaram”, disse.
“Vou conversar com Hugo Motta, vou conversar com Antonio Brito, vou conversar com Kassab. Eu não tenho inimigo na política, a gente conversa com todo mundo. Política é feita de diálogo”, afirmou.
O presidente da União Brasil fez questão de afagar Elmar publicamente. Em mencionar a decisão já tomada pelo partido, disse que o parlamentar sai “fortalecido” da reunião.
“Acho que Elmar saiu muito fortalecido dessa reunião, na medida que todos parlamentares esboçaram apoiar a decisão que ele achar junto comigo e ACM mais conveniente para essa construção”.
As eleições na Câmara serão realizadas em fevereiro do próximo ano, mas articulações de apoio começaram a se consolidar nesta semana com a confirmação da candidatura de Motta e do apoio de Lira.
O líder do Republicanos ganhou protagonismo na disputa após a desistência, no início de setembro, de Marcos Pereira (SP), presidente nacional do Republicanos que ensaiava concorrer ao comando da Casa.
Até então, Elmar Nascimento era o favorito na disputa por conta da proximidade com Lira. O presidente Câmara, no entanto, decidiu por compor a frente ampla que já declarou apoio a Motta.
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