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    Em visita ao RJ, Fux diz que é importante que STF “esteja completo”

    Sabatina para avaliar indicação de André Mendonça ainda não foi marcada pela CCJ do Senado

    Pedro DuranTeo Curyda CNN No Rio de Janeiro

    Em visita ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira (20), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, disse que “é importante que a Corte esteja completa”.

    A chegada do 11° ministro à Corte ainda não aconteceu por um impasse político. É que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ainda não marcou a sabatina do indicado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), André Mendonça.

    Questionado pela CNN sobre a pressa para completar o quadro da Suprema Corte, Fux disse que a Constituição Federal prevê os 11 membros.

    “É sempre importante que a Corte julgue completa, porque a Constituição prevê o plenário do STF, então em obediência ao plenário do STF é importante que a Corte esteja completa”, afirmou.

    A indicação de André Mendonça foi submetida ao Senado dois meses atrás. Nunca na história da Corte uma indicação ficou tanto tempo em suspenso para a análise do parlamento. A composição com 11 membros é fundamental para desempatar julgamentos.

    E assim deve começar o trabalho do próximo ministro do STF. Ele terá, entre outras missões, o voto que vai desempatar um julgamento que decidirá se mulheres presas transexuais ou travestis terão a prerrogativa de escolher se querem cumprir pena em presídios masculinos ou femininos. O placar está 5 a 5.

    O voto de desempate foi fundamental para decisões históricas da Corte, como, por exemplo, a determinação de prisão após condenação em segunda instância. Os ministros terão de avaliar ainda, em um futuro próximo, temas sensíveis, como o formato de um possível depoimento do presidente Jair Bolsonaro na investigação sobre uma suposta interferência na Polícia Federal.

    ‘Brasileiro quer comida e paz’

    O ministro Luiz Fux conversou com a CNN depois de uma sessão solene de outorga do colar do mérito da Procuradoria-Geral do Estado. A homenagem foi entregue a oito personalidades do meio jurídico pelas mãos do procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Bruno Dubeux.

    Em seu discurso, Fux disse que estamos em um “momento delicado”, de “preservar as instituições”.

    “[Nós devemos] ter ciência de que o brasileiro não quer crise política. O brasileiro quer emprego, quer comida na mesa e o brasileiro quer paz, acima de tudo. O brasileiro quer vencer o ‘farisaísmo’, quer lutar para não viver no limite da sobrevivência biológica, e, acima de tudo, lutar pela verdade, justiça, e pela nossa democracia. Isso nós só conseguiremos com a união de todos nós que trabalhamos em prol da ciência jurídica”, afirmou o presidente do STF.

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