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    Segurança pública não pode ser pensada “isoladamente” por estados, diz Sarrubbo

    Em seminário da Esfera Brasil, secretário falou em “olhar para a floresta como um todo” na área de segurança pública

    Henrique Sales Barrosda CNN , São Paulo

    O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, disse que o Brasil precisa “deixar de lado” a ideia de que a pauta da segurança pública é uma questão a ser tratada unicamente pelos estados.

    “É um tema da União, sim. A União tem que ser a formuladora das políticas públicas de segurança do país. O Brasil é um só: complexo, muito grande e continental”, afirmou o secretário de órgão do Ministério da Justiça, pasta comandada por Ricardo Lewandowski.

    A fala de Sarrubbo ocorreu durante participação em painel sobre os impactos da segurança pública na economia no seminário “Brasil Hoje”, organizado pela Esfera Brasil, realizado nesta segunda-feira (22) em São Paulo.

    Você não pode pensar a segurança pública de São Paulo isoladamente, ou do Rio Grande do Sul, ou do estado de Goiás: o Brasil tem que ser visto como um todo. O tráfico de entorpecentes entra por terra do Norte, do Centro-Oeste, e sai pelos nossos portos e aeroportos. O problema é da federação e da União

    Mário Sarrubbo

    No painel, o secretário nacional citou o Fundo Nacional de Segurança Pública, que repassa dinheiro da União para os estados lidarem com a questão, como um “instrumento muito positivo” no sentido de o governo federal ter uma participação maior no combate ao crime organizado.

    “Estamos trabalhando para que essas quantias cheguem na ponta final, e cheguem com boas políticas públicas no campo da segurança”, disse.

    Mais cedo, em outro painel do seminário da Esfera Brasil, Lewandowski já havia defendido a constitucionalização do Sistema Único da Segurança Pública (SUSP), que prevê a integração entre as polícias Federal, Rodoviária Federal, civis e militares, a Força Nacional e os bombeiros militares na área.

    “Eu penso que, hoje, educação, saúde e segurança pública são os três problemas fundamentais que afligem a cidadania brasileira, mas talvez a segurança pública precisasse ser constitucionalizada; o Sistema Único da Segurança Pública, tal como, por exemplo, o Sistema Único de Saúde (SUS), com fundo próprio”, disse o ministro.

    Também participando do evento do Esfera, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), disse discordar da política única de segurança no país. “É bobagem”, falou. “O que precisamos ter é os governadores tendo apoio do governo federal. Sabemos onde atacar. Aí, precisa ter comando e coragem para enfrentar o narcotráfico”.

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