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    Eleições 2022

    Segundo turno contra Tarcísio seria melhor para Haddad, diz CEO da Atlas

    Em entrevista à CNN, Andrei Roman comentou os resultados das pesquisas da Atlas para os governos de SP, RJ e MG; disputa paulista tem Haddad, com 33%, Tarcísio, 28,6% e Rodrigo, 22,5%

    Léo LopesElis Francoda CNN , em São Paulo

    Na disputa pelo governo de São Paulo, o melhor cenário para o candidato que lidera a corrida, Fernando Haddad (PT), seria um segundo turno contra o ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    A avaliação é do CEO da AtlasIntel, Andrei Roman, que concedeu entrevista à CNN nesta quarta-feira (28).

    A última pesquisa Atlas sobre a eleição paulista trouxe Haddad à frente, com 33% das intenções de voto, seguido por Tarcísio, com 28,6%. Em terceiro lugar, está o governador Rodrigo Garcia (PSDB), com 22,5%.

    “A fortaleza de Haddad parece ser maior num contexto de segundo turno com o Tarcísio. Isso por conta da nacionalização da corrida e transferência da rejeição (também da popularidade) de Bolsonaro para seu candidato em São Paulo”, disse Roman.

    Ele citou dados da pesquisa que apontam que a imagem de Haddad no estado é negativa para mais de 50% dos entrevistados. “Isso quer dizer que em competição com um candidato sem rejeição tão alta a tendência é ele ficar atrás”, completou o CEO da Atlas.

    De acordo com Roman, a campanha petista precisa investir em melhoria da imagem do candidato, “o que seria muito mais fácil com um candidato nitidamente associado ao Bolsonaro no segundo turno”.

    Apesar de reconhecer que um segundo turno contra o governador Rodrigo Garcia “seria mais difícil para Haddad”, o tucano não necessariamente seria eleito em um segundo turno contra o ex-prefeito da capital paulista.

    No Rio de Janeiro, “Castro mantém vantagem porque transfere votos de Bolsonaro”

    Outra pesquisa Atlas divulgada nesta quarta (28) mostrou que, na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL), candidato à reeleição, está à frente, com 39,7% das intenções de voto, seguido pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSB), com 31,9%.

    “Vitória de Castro no primeiro turno é possível, mas parece bastante improvável. Os dois candidatos à frente oscilaram para baixo na última pesquisa”, afirmou Andrei Roman.

    De acordo com o CEO da empresa responsável pelo levantamento, “o Rio de Janeiro replica da maneira mais fiel a situação nacional no estado”.

    “No Rio, há uma liderança do Bolsonaro – o único estado do Sudeste em que ele lidera fora da margem de erro. Castro tem uma nítida vantagem porque transfere votos de Bolsonaro”, disse.

    “E sabemos que Freixo é bastante associado à esquerda dura, foi por muitos anos do PSOL, e está trabalhando para reduzir sua imagem negativa e adotar postura mais moderada”, completou Roman, que citou como bom exemplo a adoção de Cesar Maia (PSDB-RJ) como vice.

    Em Minas Gerais, Zema tem “chance alta” de eleição em primeiro turno

    A Atlas também levantou o cenário da corrida eleitoral em Minas Gerais. A pesquisa divulgada nesta quarta (28) trouxe o governador Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição, com 49,6%, seguido por Alexandre Kalil (PSD), com 34,8%.

    Questionado sobre a possibilidade da eleição para o governo mineiro ser encerrada já neste domingo (2), o CEO da Atlas disse que a chance é “alta, talvez maior do que 50%”.

    A justificativa seria a popularidade do governador atual. “Talvez Zema seja um dos candidatos mais populares ao governo – ao menos na região Sul/Sudeste”, disse Roman.

    “A imagem positiva dele no estado é de 56%. Fica muito difícil para Alexandre Kalil vencer essa eleição – no máximo poderia forçar um segundo turno”, concluiu.

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