Se houver problemas na Saúde, vamos chegar aos culpados, diz Bolsonaro
Presidente cumpre agenda em Presidente Prudente, no interior de São Paulo; ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o acompanhou
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste sábado (31), durante cerimônia de federalização de um hospital oncológico em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, que se houver problemas no Ministério da Saúde, o ministro Marcelo Queiroga e ele chegarão aos “possíveis culpados”.
“Pode ser que apareça algum problema no Ministério dele [Marcelo Queiroga]. Afinal de contas, o orçamento diário dele é de R$ 550 milhões, não é fácil coordenar, fiscalizar esses recursos. Se aparecer problemas, seremos os primeiros a colaborar com investigações e chegar na responsabilização dos possíveis culpados”, disse Bolsonaro.
Ao mencionar um possível “problema” na pasta comandada por Queiroga, o presidente não citou as suspeitas levantadas pela CPI da Pandemia sobre a aquisição da vacina Covaxin.
Segundo depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF), Bolsonaro foi informado sobre um suposto pedido de propina na compra dos imunizantes indianos e teria relacionado o nome do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, ao saber das supostas irregularidades. Barros nega envolvimento com a negociação do imunizante.
O presidente voltou a afirmar que não há denúncias de corrupção em seu governo. “Estamos completamos dois anos e meio sem qualquer denúncia de corrupção.”
Segundo Bolsonaro, Queiroga se adaptou rapidamente “ à nossa maneira de trabalhar”. O presidente citou ainda a realização da Copa América no Brasil como exemplo da agilidade do ministro da Saúde diante dos protocolos que precisavam ser feitos para o campeonato acontecer.
“Falei para ele: vamos ter Copa América no Brasil, Queiroga. Ele disse que teria protocolo dentro de uns dias. Falei: Queiroga, é agora, é o protocolo da Libertadores, ele me disse que sim e resolvemos em 10 minutos.”
Mais cedo, o presidente realizou um passeio de moto com apoiadores em Presidente Prudente. Esse foi o sexto passeio de moto do presidente com seus apoiadores e o primeiro após ele ter sido internado com suboclusão intestinal.