Se houve crime, haverá punição, diz líder da bancada evangélica na Câmara
Em entrevista à CNN neste sábado (25), o deputado Sóstenes Cavalcante (PL) comentou as investigações no MEC
A pedido do Ministério Público Federal (MPF), o juiz Renato Borelli, da Justiça Federal em Brasília, decidiu pelo envio da investigação sobre possível interferência na Polícia Federal — no caso que envolve o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro — ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista à CNN neste sábado (25), o líder da bancada evangélica na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL) comentou as investigações no MEC.
“Aqui, se houve crime com certeza haverá punição. Com relação à acusação agora do delegado da Polícia Federal de possível intervenção, cabe a ele provar onde houve as intervenções. Ora, se houve intervenção, como levou o ex-ministro preso e essa prisão não durou 24 horas porque o desembargador não encontrou sequer uma prova para que essa prisão acontecesse”, disse Cavalcante.
O deputado afirmou que a bancada evangélica anseia pela apuração dos fatos, em especial devido à presença de evangélicos no governo.
“Nós evangélicos, em especial porque se trata de figuras evangélicas que estavam no governo, queremos apuração de todos os fatos. Agora, dizer que tem corrupção sem provas nós não podemos”, disse.
“Aqui, quando existe algum indício de prática ilícita, se afasta, deixa-se a investigação correr e, tenha certeza, que se for comprovada qualquer prática ilícita, não só corrupção, tráfico de influência, qualquer que seja o outro tipo de crime, nós seremos os primeiros a pedir a punibilidade dos culpados”, completa o deputado.
Defesa reafirma inocência
A defesa do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, divulgou uma nota neste domingo (26), reafirmando que o “seu cliente não cometeu qualquer ilicitude, independentemente da esfera de apuração”.
“O Ministro Milton Ribeiro sempre pautou sua vida, privada e pública, pela ética, honestidade e retidão e jamais cometeu qualquer desvio e ou infração penal dentro e ou fora do exercício do cargo público que ocupou”, acrescenta o comunicado assinado pelos advogados do ex-ministro, Daniel Leon Bialski e Bruno Garcia Borragine.
(Publicado por Lucas Rocha, da CNN)