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    Saúde se tornou lugar de tráfico de influência, diz Otto Alencar à CNN

    CPI inicia hoje sua décima semana de trabalhos e ouve a servidora Regina Célia Silva Oliveira, fiscal de contratos no Ministério da Saúde

    Produzido por Basilia Rodrigues, de Brasília

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (6), o senador Otto Alencar (PSD-BA), integrante da CPI da Pandemia, disse acreditar que a comissão deve encontrar provas que comprovam os “caminhos tortuosos” que fizeram com que o Ministério da Saúde passasse a ser um “ambiente de tráfico de influência” na compra de medicamentos.

    “Pode ser que encontremos outras empresas que trabalham nessa direção de favorecimento de venda de medicamentos e outras vacinas. É o caso da Davati [Medical Supply] que foi representada pelo cabo [Luiz Paulo] Dominghetti, que parece até uma piada”, falou o senador.

    senador Otto Alencar (PSD-BA), titular da CPI da Pandemia
    O senador Otto Alencar (PSD-BA), titular da CPI da Pandemia
    Foto: CNN Brasil (30.jun.2021)

    “O cabo da Polícia Militar do estado de Minas Gerais vir conversar com diretor executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco através de um pastor protestante que tinha uma empresa e uma secretaria nacional humanitária. Você imagina o que se formou e o que se aceitou dentro do ministério.”

    A CPI inicia hoje sua décima semana de trabalhos e ouve a servidora Regina Célia Silva Oliveira, fiscal de contratos no Ministério da Saúde. Ela foi apontada pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão dele, Luis Ricardo, também servidor do Ministério da Saúde, como a responsável por autorizar e fiscalizar a importação de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin.

    As possíveis irregularidades nas negociações de compra do imunizante são uma das atuais linhas de investigação da CPI da Pandemia. De acordo com o depoimento dos irmãos Miranda, a fatura de pagamento autorizada por Regina Célia, referente ao contrato de aquisição do imunizante, apresentava indícios de irregularidade.

    À CPI, o deputado federal Luis Miranda revelou que apresentou o caso ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na ocasião, o parlamentar contou que o chefe do Executivo parecia já ter conhecimento sobre as pressões para que o contrato para a aquisição da Covaxin fosse fechado.

    (*com informações de Rafaela Lara, da CNN, em São Paulo)