São Paulo nunca viveu experiência de governo sólido, diz Haddad à CNN
Pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes comunicou que escolha de vice depende ainda de uma eventual posição do PSB
O pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes Fernando Haddad (PT) declarou, nesta quarta-feira (8), em entrevista à CNN, que o estado de São Paulo nunca viveu uma experiência de governo sólido.
“Nós estamos na melhor situação da história do campo progressista. Não vamos colocar as vaidades agora para atrapalhar aquilo que pode ser uma coisa espetacular. São Paulo nunca viveu uma experiência de um governo sólido e progressista. E pode viver. Então, estou nessa toada de construir essa alternativa e o povo que vai obviamente decidir os rumos do estado de São Paulo”, afirma Haddad.
Questionado se o governo de Geraldo Alckmin (PSB) não caberia nessa conta, Haddad respondeu que “eu nunca fiz segredo que, primeiro, tenho uma excelente relação com o governador Alckmin, eu trabalhei quatro anos com ele como prefeito de São Paulo e fizemos muita coisa juntos, na área da cultura, da habitação, do saneamento.”
“Os governos do Alckmin foram de centro-direita, muito diferentes do que estamos assistindo hoje. Houve uma inflexão no governo atual do qual o próprio Alckmin se afastou, pela entrada do Rodrigo Garcia, que é um político de direita no PSDB, que hoje se apresenta como um tucano, mas é um recém-chegado. É um movimento que teve a clara função de excluir o Alckmin da disputa eleitoral para o governo do estado”, continuou.
Escolha do candidato a vice-governador
Fernando Haddad comunicou que a escolha pelo cargo de vice-governador depende de uma eventual posição do PSB, que hoje possui Márcio França como pré-candidato.
Para o ex-ministro, “o PSB é um partido para nós muito estratégico por causa da aliança nacional”, com Alckmin, como pré-candidato à vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Até eu ter uma resposta definitiva, não tenho como acenar para alguém um convite de vice. Porque o quadro não está montado. Assim que estiver, eu vou sentar com o [Guilherme] Boulos, com o Juliano [Medeiros], com a Marina [Silva], por ser o principal nome da Rede em São Paulo, hoje pré-candidata a deputada federal. Vou sentar com o PSB, com o PCdoB e o PV, que são os partidos que estariam nessa coalizão e vamos o melhor desenho para oferecer para os paulista uma alternativa de mudança.”
Segundo interlocutores, o petista quer Marina Silva como vice, com a ideia de tentar reduzir o antipetismo no interior do estado e, assim, atrair o eleitorado de centro. Mas a estratégia esbarra na resistência de aliados da coligação e do próprio PT.
“Eu não sou daqueles que compra a tese, que a Marina já rejeitou, de que havia obstáculos insuperáveis a uma aproximação conosco. A Marina sempre disse que ‘não sou movida pelo rancor, quero discutir programa’. No dia 11 eles vão me entregar um documento da Rede em apoio a minha candidatura ao governo do estado”, explicou Haddad.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
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(*Com informações do Estadão Conteúdo)