Salles: MP que alterava Marco Civil legalizava mentira e foi feita para cair
No quadro Liberdade de Opinião, comentarista Bruno Salles analisou devolução da MP do Marco Civil da Internet pelo presidente do Senado
No quadro Liberdade de Opinião desta quarta-feira (15), o comentarista Bruno Salles repercutiu a devolução da Medida Provisória (MP) que alterava o Marco Civil da Internet pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber também suspendeu a eficácia da MP assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), atendendo pedido do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que recomendou a suspensão.
“Essa decisão não é uma derrota só para a Presidência da República, na verdade, é uma derrota para o Brasil”, analisou Salles. “O Senado devolver uma MP não é algo corriqueiro, precisa ser uma medida do presidente da República que seja extremamente grave — e esse é o caso”, completou.
O comentarista destacou que a MP é inconstitucional e “todo mundo sabia desde o começo”. “Uma MP precisa de urgência, que demande uma decisão do poder Executivo, e, se não for tomada, vai causar um grande prejuízo. Essa não tinha isso e foi a principal razão para ser devolvida.”
“Tirando a questão formal, temos a questão material. Não podemos mais aceitar que um presidente da República entenda que a mentira é ok. Não podemos mais viver em um país que a mentira seja legalizada, seja institucionalizada pelo mandatário maior, e não é só a mentira, mas a irresponsabilidade da MP, que foi feita para cair e, por isso, não é uma derrota pro governo”, avaliou Salles.
O Liberdade de Opinião tem a participação de Fernando Molica e Alexandre Garcia. O quadro vai ao ar diariamente na CNN. Nesta semana, excepcionalmente, conta com a participação de Bruno Salles.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.