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    Saiba quem é Daniela Carneiro, que deixa o Ministério do Turismo

    Ela havia sido nomeada para o cargo pelo presidente Lula como "cota" do União Brasil na montagem do governo

    Da CNN , São Paulo

    Daniela Carneiro entregou o cargo de ministra do Turismo após semanas de pressão do União Brasil. A saída foi oficializada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (14).

    Ela foi nomeada para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “cota” do União Brasil na montagem do governo.

    No segundo turno das eleições de 2022, ela e o marido, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (Republicanos), que é prefeito de Belford Roxo (RJ) e presidente estadual partido à época, declararam apoio a Lula.

    O Planalto também já confirmou que Daniela será substituída pelo também deputado Celso Sabino (União-PA).

    Em abril deste ano, ela pediu a desfiliação do partido. Junto com outros cinco parlamentares, ela alega “justa causa” por suposto “assédio” da direção nacional da sigla. A situação irritou os dirigentes do União Brasil, que passaram a pressionar o governo para que outro membro da sigla assumisse a pasta.

    Quem é Daniela Carneiro

    Natural de Italva (RJ), Daniela Carneiro tem 47 anos, é pedagoga pela Associação Brasileira de Ensino Faculdades Integradas e pós-graduada em psicomotricidade pela Universidade Cândido Mendes.

    Ela também é conhecida como Daniela do Waguinho por seu casamento com Wagner Carneiro.

    Daniela atuou por 17 anos como professora do ensino fundamental da rede municipal do Rio de Janeiro.

    No poder público, atuou como secretária de Assistência Social e Cidadania de Belford Roxo entre 2017 e 2018.

    Em 2018, foi eleita para seu primeiro mandato como deputada federal pelo Rio de Janeiro. Nas eleições de 2022, foi reeleita sendo a candidata mais votada do estado, com 213,7 mil votos.

    Daniela já foi filiada ao PSC (2003 a 2011), PRTB (2011 a 2013), PR (2013 a 2018), MDB (2018 a 2022) e União Brasil (2022-2023).

    Polêmica no governo

    No início deste ano, um vídeo publicado nas redes sociais de Daniela Carneiro gerou uma repercussão negativa à então recém-nomeada ministra. Nas imagens, ela recebe o apoio eleitoral de um acusado de chefiar uma milícia na Baixada Fluminense. O vídeo foi apagado das redes sociais da ministra em seguida.

    O vídeo em questão era de 2018 e se referia à primeira campanha de Daniela Carneiro, quando ela disputou uma vaga na Câmara dos Deputados. À época, a então candidata estava filiada ao MDB.

    Márcio Pagniez, que aparece no vídeo, é conhecido como Marcinho Bombeiro. Em 2019, ele foi preso preventivamente, acusado de homicídio e de liderar uma milícia na região. Sua prisão foi justificada porque ele estaria agindo “com extrema violência e ostentando armas de fogo de grosso calibre pela localidade”, segundo a Promotoria.

    À época, Pagniez era presidente da Câmara de Vereadores de Belford Roxo (RJ).

    O episódio iniciou uma onda de críticas ao presidente Lula, que foi um crítico da suposta associação de aliados de Jair Bolsonaro (PL) com a milícia no Rio de Janeiro.

    *Publicado por Marina Toledo

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