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    Rosa Weber dá mais tempo para PF finalizar inquérito contra Ciro Nogueira

    O prefeito de Araraquara e ex-tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, Edinho Silva, também é investigado no inquérito

    Gabriel HirabahasiVianey Bentesda CNN , Em Brasília

    A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por mais 30 dias um inquérito contra o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), por suposto pagamento de propina para que o PP apoiasse a chapa Dilma/Temer em 2014.

    Na decisão, assinada na quinta-feira (9) e publicada nesta sexta (10), a ministra concedeu o prazo para que a Polícia Federal realize as diligências necessárias para o fim do inquérito e apresente o relatório final das investigações.

    “Concedo o prazo de 30 (trinta) dias para a realização da diligência indicada – além de outras que a autoridade policial entenda pertinentes ao esclarecimento dos fatos sob investigação – e a apresentação do relatório final”, determinou a ministra.

    No início de novembro, a PF pediu mais tempo no inquérito para ouvir novamente o próprio Ciro Nogueira, indicando que seria o último passo necessário para a elaboração do relatório final das investigações.

    Ainda segundo as fontes, o depoimento de Ciro, que aconteceu em novembro, foi curto e o conteúdo já foi enviado ao STF. A expectativa de aliados do ministro é que o inquérito seja encerrado em breve.

    Tesoureiro de campanha de Dilma também é investigado

    O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), também é investigado no inquérito. Segundo Ricardo Saud, ex-diretor da J&F (holding que controla, entre outras empresas, a JBS), Edinho teria sido o intermediário do pedido de propina.

    Edinho Silva foi o tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014. Quando a então presidente foi reeleita para o segundo mandato, ele assumiu o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

    De acordo com Saud, teria sido Edinho quem fez o pedido de propina que deveria ser pago pelo grupo J&F ao PP, presidido por Ciro Nogueira.

    Tanto Edinho Silva quanto Ciro Nogueira negam as acusações.

    Sobre o inquérito

    O inquérito foi aberto após a delação premiada de Ricardo Saud. Segundo o executivo, o grupo empresarial teria pagado, a pedido de Edinho Silva, R$ 42 milhões para apoio do PP, de Ciro Nogueira, à chapa. Saud e o empresário Joesley Batista, da J&F, também são investigados no inquérito.

    O objetivo da PF no novo depoimento de Ciro Nogueira foi confrontar o ministro da Casa Civil com o material apreendido na operação Compensação e com depoimentos de outros alvos.

    Segundo a PGR, na operação, que mirou em endereços de Ciro e Gustavo Nogueira, irmão do ministro, a PF apreendeu materiais que confirmariam os fatos delatados pelos executivos da J&F, que teria sido a responsável pelo pagamento de propina.

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