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    Ronaldinho Gaúcho falta novamente e CPI das Criptomoedas deve pedir condução coercitiva

    É a segunda vez que o ex-jogador falta à comissão; defesa alega que um temporal fez com que voos fossem cancelados ou atrasados em Porto Alegre

    Gabriel FernedaCarol Rositoda CNN

    O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho não compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas nesta quinta-feira (24). Ele era esperado para depor a partir das 10h00.

    A defesa do jogador argumentou que o “o aeroporto de Porto Alegre ficou fechado por causa de um temporal e os voos foram cancelados/atrasados”. O irmão do jogador, que também foi convocado para depor, está presente na sessão.

    O relator, Ricardo Silva (PSD-SP) e o presidente da comissão, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) não concordaram com a justificativa da defesa para ausência. Dessa forma, a CPI deve requerer a condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho, ainda sem data marcada.

    Essa é a segunda vez que Ronaldinho não comparece a CPI das Criptomoedas. Na terça-feira (22), o jogador também era esperado para depor.

    No mesmo dia, a defesa do ex-atleta disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não havia sido notificado pela comissão sobre o seu depoimento. A secretaria da CPI das Criptomoedas, porém, disse que o ex-jogador foi notificado eletronicamente duas vezes, na sexta-feira (18) e na segunda (21).

    Na noite de segunda, o ministro Edson Fachin, do STF, assegurou ao ex-atleta o direito de ficar em silêncio durante o depoimento. A defesa de Ronaldinho chegou a pedir à Corte que ele tivesse o direito de não comparecer à oitiva, mas o ministro não atendeu ao pedido.

    CPI das Criptomoedas

    A convocação de Ronaldinho Gaúcho foi feita pela CPI porque os deputados querem entender a participação do ex-jogador em uma empresa, alvo de questionamentos por supostamente atuar como pirâmide financeira “devido às promessas de altos e rápidos retornos”, conforme a justificativa do requerimento aprovado pelo colegiado.

    Segundo a defesa dele, o documento “imputa ao paciente [Ronaldinho] a condição de envolvido em fraudes” por trazer “manifesta indicação” de que ele “teria envolvimento com fraudes com investimentos em criptomoedas”.

    Segundo o advogado, Ronaldinho não se envolveu nem participou de qualquer esquema ou operação fraudulenta. A defesa ainda afirmou que o ex-jogador não é sócio da empresa alvo das suspeitas e que ele é vítima da companhia, que usou seu nome “sem autorização”.

    Conforme o requerimento de convocação de Ronaldinho, o site da empresa “18K Ronaldinho”, em 2015, afirmava que a empresa havia sido criada naquele ano como “uma marca de relógios esportivos […] bem sucedida nos Estados Unidos em meio a diversos atletas no mundo todo”.

    “Em 2019, já em parceria com o ex-jogador, foi criado um canal digital de trading e criptoativos com remuneração em multinível. A empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais, o que levantou suspeitas de se tratar de uma pirâmide financeira devido às promessas de altos e rápidos retornos”, diz o requerimento.

    Veja também: Mauro Cid decide ficar em silêncio na CPI do DF

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