Rodrigo Pacheco adia sessão que instalaria CPI dos atos de 8 de janeiro
Informação foi confirmada a CNN pela assessoria da presidência do Congresso; nova data estabelecida é dia 26 de abril
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou a sessão do Congresso Nacional convocada para a tarde desta terça-feira (18), em que deveria ser lido o requerimento de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos de 8 de janeiro.
A nova data estabelecida é dia 26 de abril. A informação foi confirmada à CNN pela assessoria da presidência do Congresso.
Até sexta-feira (14), o pedido da CPMI articulado pela oposição já tinha o número mínimo de assinaturas necessárias para sua instalação. Haviam 193 deputados assinando e 37 senadores. São necessários 171 deputados e 27 senadores.
O governo não conseguiu retirar assinaturas, o que obrigaria Pacheco a fazer a leitura. O alerta foi dado em reunião de líderes nesta segunda-feira (17).
Além da CPMI, estava prevista a votação de uma série de projetos de lei do Congresso Nacional (PLNs) e vetos presidenciais, tanto de Jair Bolsonaro (PL), quanto de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Muitos desses projetos trancam a pauta, dificultando a votação de outras propostas.
Para piorar, uma parte dos deputados da base planejava derrubar vetos de Lula, com o objetivo de mandar um recado ao Palácio do Planalto de insatisfação com a demora de nomeações de cargos de segundo escalão.
O resultado, previram aliados, seria uma sessão inócua, cujo único resultado concreto seria a leitura de um requerimento para instalar uma CPMI que o governo não planeja ver instalada. Isso em um dia importante para o governo, em que o novo arcabouço fiscal será encaminhado ao Congresso.
Oficialmente, para justificar o adiamento, houve um pedido de deputados da base aliada para que a sessão fosse adiada, sob o argumento de que a Comissão Mista de Orçamento analisaria o piso da enfermagem.
O pedido foi feito pelos líderes do PT, Zeca Dirceu, do PSD, Antônio Brito, do MDB, Isnaldo Bulhões, do Podemos, Fabio Macedo, do Republicanos, Hugo Motta, e do PSB, Felipe Carreras.