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    Eleições 2022

    Roberto Freire critica Lula, mas indica apoio a petista em eventual 2º turno

    Em entrevista à CNN, ex-deputado afirmou que partido tomará decisão sobre federação neste sábado (19)

    Fábio MunhozLayane Serranoda CNN

    Em São Paulo

    Durante entrevista à CNN na noite desta sexta-feira (18), o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, sinalizou que poderá apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um eventual segundo turno da disputa pela Presidência da República. Entretanto, o ex-deputado também fez críticas ao petista e classificou o presidente Jair Bolsonaro (PL) como “inaceitável”.

    Questionado sobre a possível disputa entre Lula e Bolsonaro, Freire disparou: “eu vou dizer uma frase que alguém disse: ‘Bolsonaro é inaceitável, Lula é indesejável’”. “O inaceitável significa dizer que, mesmo que aquele que nós não desejamos, estará nas nossas preferências para derrotar aquele que é inaceitável. Fascismo não”, acrescentou.

    Freire relembrou que seu partido, antes chamado de PPS, esteve com Lula em algumas oportunidades. “[Em 1989], nós fomos o primeiro partido, até mesmo antes do resultado final do primeiro turno, que fomos emprestar apoio a Lula contra [Fernando] Collor”, destacou.

    “Depois tivemos juntos com PDT, com PTB, com o PT em outras eleições”, lembrou. “Nós participamos do governo [Lula]. Nós tínhamos até ministro, o senhor Ciro Gomes, que tinha sido candidato pelo PPS em 2002. Mas teve um momento em que nós rompemos com o governo.”

    “É importante salientar que nós não saímos por conta de processos de corrupção. Foi por divergências políticas e de condução do processo. Não tínhamos ainda muita noção do que significava o mensalão, embora sentíssemos uma presença muito forte de setores do Centrão”, reforçou. O rompimento com o governo Lula ocorreu antes das eleições de 2004.

    Freire salientou, porém, que não tem “nada pessoal” contra Lula. “Não vou fazer nenhuma campanha contra a pessoa de lula, e sim contra o atraso que ele representa. Passaram 12 anos e o Brasil não mudou em nada a dura realidade de uma perversa desigualdade.”

    Freire alertou, porém, que a crítica que faz a Lula “não significa fazer defesa a Bolsonaro”, a quem chamou de “maior desastre da história brasileira”.

    Formação de federação

    O presidente do Cidadania afirmou também que o partido deverá tomar neste sábado (19), em reunião da Executiva nacional, a decisão sobre a formação de uma federação pelos próximos quatro anos. A legenda já aprovou a federação, mas ainda não definiu com quem.

    Está em discussão a criação de uma federação com o Podemos, do ex-ministro Sergio Moro, com o PDT, de Ciro Gomes, e com o PSDB, de João Doria. Freire afirmou, porém, que sua posição pessoal é de preferência pela união com os tucanos.

    “A história nos indica que desde 2002 nós fazemos aliança em todos os processos eleitorais quase sempre com PSDB, e quase nunca com Podemos com PDT”, justificou.

    A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.