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    Eduardo Paes promete diminuir atuação das organizações sociais na saúde do Rio

    Candidato do DEM à prefeitura do Rio de Janeiro conversou nesta terça-feira com a CNN

    Jéssica Otoboni,

    da CNN, em São Paulo

    O candidato do DEM à prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, falou nesta terça-feira (3), em entrevista à CNN, sobre propostas para as áreas de educação, saúde e combate às milícias. Um dos principais compromissos, segundo ele, é recuperar o sistema de saúde da cidade com base em um sistema híbrido, diminuindo a atuação das organizações sociais (OSs).

    Paes, que foi prefeito do RJ de 2009 a 2017, disse que é possível organizar a prefeitura, governar e estabelecer prioridades, sem aumentar impostos. Ele também afirmou que é possível fazer uma boa gestão sem que necessariamente a economia do Brasil esteja crescendo, mas não deu detalhes sobre isso.

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    Com relação à administração da pandemia de Covid-19, declarou que é preciso “respeitar a medicina” e “estabelecer regras que sejam cumpridas pela população”. Ele citou como exemplo de “erro de estratégia do governo atual” o anúncio de cancelamento das tradicionais festas de ano-novo e Carnaval no Rio de Janeiro para 2021.

    “Vai ter ano-novo e carnaval, mas será diferente”, disse. “Por que não fazer uma campanha nos estados para as pessoas virem de carro ao RJ?”, questionou ele. “Se houver respeito à medicina, a economia pode voltar.”

     Eduardo Paes
    Eduardo Paes, candidato do DEM à prefeitura do Rio de Janeiro
    Foto: Reprodução – 03.nov.2020 / CNN

    Propostas de governo

    Dentre as propostas de governo, Paes falou sobre um planejamento de 100 dias – “dois anos em um”. Um dos objetivos, segundo ele, é reduzir a distância entre o ensino público e privado. “O fosso entre escolas públicas e privadas tem que ser rompido, e não ampliado”, afirmou. Para isso, ele citou medidas como reforço escolar, acesso à internet com tablets ou computadores e aulas online.

    Para o setor de saúde, Paes falou que a ideia é avançar com os trabalhos da Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro (RioSaúde) e administrar um sistema híbrido, diminuindo o tamanho das organizações sociais (OSs). 

    “O que a gente começou a ver é isso: empresários travestidos de organização social, praticando delitos, acabaram desmontando esse sistema”, afirmou. “A gente precisa atender bem a população. Tenho certeza que o sistema híbrido, com a RioSaúde, vai funcionar. É o meu principal compromisso.”

    Sobre o combate à atuação das milícias no RJ, Paes disse que é preciso acabar com as atividades econômicas que financiam esses grupos. “O papel do poder público no combate às milícias é estancar esse ganho, onde eles ganham dinheiro”, destacou, citando como ações o combate à ocupação irregular e à exploração de atividades comerciais ilegais.

    Além disso, Paes reafirmou o compromisso de urbanizar favelas que ainda não são urbanizadas. “A cidade precisa se desenvolver, precisa ter emprego”, disse. “Hoje somos a capital com maior índice de desemprego. Não há crença na cidade”, afirmou ele, ressaltando a necessidade de “recuperar essa crença’ para atrair investimentos e pessoas.

    Paes lidera a corrida eleitoral para a prefeitura do RJ com 32% das intenções de voto, segundo a pesquisa Ibope divulgada na sexta-feira (30). Em segundo lugar, aparecem, empatados, o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos) e a Delegada Martha Rocha (PDT), com 14%.