Rio Grande do Sul: veja quem são os candidatos ao governo e ao Senado
Concorrentes buscarão ocupar o Palácio Piratini pelos próximos quatro anos; candidatos também tentarão vaga no Senado
Depois de considerar a possibilidade de concorrer à Presidência da República, Eduardo Leite (PSDB), que renunciou ao governo do Rio Grande do Sul em março, confirmou que é candidato a um novo mandato.
Um levantamento realizado pela CNN apontou quem são os candidatos para o governo e para o Senado no Rio Grande do Sul – estado que nunca reelegeu um governador na história. Vale destacar que os partidos podem mudar as indicações até 5 de agosto, quando acaba o prazo para as convenções partidárias.
Os candidatos ao governo estadual
Eduardo Leite (PSDB)
Eduardo Leite nasceu em Pelotas (RS), é advogado e tem 37 anos. Entre 2013 e 2016, ocupou a Prefeitura de Pelotas e, antes disso, foi vereador e secretário municipal. Na eleição de 2010, conquistou a suplência da Assembleia Legislativa. Foi o primeiro governador no Brasil a se declarar homossexual. Hoje opositor de Jair Bolsonaro (PL), carrega no histórico o apoio ao presidente nas eleições de 2018. Apesar da renúncia ao governo, e da intenção de participar do debate nacional em torno de uma candidatura da chamada terceira via, Leite decidiu, em junho, concorrer a um novo mandato, com apoio do atual governador, Ranolfo Vieira Júnior.
Onyx Lorenzoni (PL)
Um concorrente da oposição ao Palácio do Piratini é Onyx Lorenzoni (PL), forte aliado de Bolsonaro, ex-ministro do Trabalho e Previdência. Onxy é médico veterinário, nasceu em Porto Alegre e tem 68 anos. Foi eleito deputado estadual em 1994 e ocupou o cargo por dois mandatos consecutivos. Como deputado federal, venceu cinco eleições. Concorreu duas vezes à Prefeitura de Porto Alegre, sem sucesso, em 2004 e 2008, ficando consecutivamente em terceiro e quinto lugar na preferência dos eleitores.
Vicente Bogo (PSB)
Após a desistência do ex-deputado federal Beto Albuquerque, o PSB lançou a candidatura de Vicente Bogo. Com ampla trajetória política, ele foi deputado federal, vice-prefeito de Santa Rosa e vice-governador, na gestão Antônio Britto (PMDB), entre 1995 e 1998.
Edegar Pretto (PT)
A ala petista defende seu candidato: Edegar Pretto (PT). Ele cumpre o terceiro mandato consecutivo como deputado estadual. Natural de Tenente Portela, tem 51 anos. É um defensor dos direitos das mulheres e combate a violência doméstica. Entre suas bandeiras também estão a agricultura e a produção de alimentos saudáveis. Pretto tem afirmado que a preferência do ex-presidente Lula é para que o PT encabece a chapa para o governo.
Luís Carlos Heinze (PP)
Já o senador Luís Carlos Heinze (PP) quer aproveitar o capital político conquistado ao longo de uma trajetória que inclui a Prefeitura de São Borja e cinco mandatos como deputado estadual para disputar a cadeira de governador. Nasceu em Candelária, tem 71 anos e é engenheiro agrônomo e produtor rural. Caso confirme a candidatura, Heinze terá que disputar com Onyx Lorenzoni o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Ambos fazem parte da base de apoio do governo no Congresso.
Roberto Argenta (PSC)
No PSC, o candidato ao governo gaúcho é o empresário do setor de calçados Roberto Argenta. Ele iniciou na vida política em 1989 como prefeito da cidade de Igrejinha. Ainda passou por mandatos na Câmara dos vereadores da cidade e também como deputado federal.
Vieira da Cunha (PDT)
O PDT anunciou também a candidatura de Vieira da Cunha ao governo do estado. Afastado da política por seis anos, o ex-procurador de Justiça foi vereador, deputado estadual, federal e seu último cargo público foi como secretário de educação do Rio Grande do Sul, entre os anos de 2015 e 2016.
Ricardo Jobim (Novo)
Advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ricardo Jobim é o candidato do Novo para o governo do Rio Grande do Sul. Adepto da “nova política” e com o discurso de “cortar privilégios”, busca o seu primeiro cargo político na carreira.
Rejane de Oliveira (PSTU)
Uma opção da esquerda para o governo da estado é a de Rejane Oliveira. Candidata pelo PSTU, ela é professora aposentada e presidiu, por dois mandatos, o Cpers-Sindicato. Ela foi líder sindical durante as greves dos professores nos mandatos de Yeda Crusius e Tarso Genro.
Carlos Messalla (PCB)
O PCB lançou o servidor público Carlos Messalla como candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Ele tem como principais bandeiras a “defesa da classe trabalhadora e os valores do socialismo”. Ele tem 45 anos e nunca exerceu nenhum cargo na política.
Paulo Roberto (PCO)
O PCO lançou a candidatura de Paulo Roberto. É a primeira vez que ele disputa uma eleição.
Fotos – Os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul
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Os candidatos ao Senado
Há uma disputa pela única vaga para o Senado pelo Rio Grande do Sul – o atual senador cujo mandato acaba em 2023, Lasier Martins (Podemos), não irá concorrer.
Hamilton Mourão (Republicanos)
O atual vice-presidente Hamilton Mourão se filiou ao Republicanos e confirmou que pretende disputar a cadeira do Senado pelo Rio Grande do Sul. Aos 68 anos, o general da reserva afirma que possivelmente não foi bem compreendido pelo presidente Bolsonaro durante o mandato, e por isso não repetirá a chapa que disputará a reeleição.
Ana Amélia Lemos (PSD)
A jornalista Ana Amélia Lemos (PSD) manifestou intenção de voltar ao Senado, cargo que ocupou até 2019, quando assumiu o cargo de secretária de Relações Federativas e Internacionais do governo estadual. Nasceu em Lagoa Vermelha, tem 76 anos e deixou recentemente o PP para se filiar ao PSD.
Olívio Dutra (PT)
O possível nome petista para o Senado é o de Olívio Dutra. Aos 81 anos, ele tem uma longa história na política gaúcha: foi prefeito de Porto Alegre entre 1989 e 1992, e governador do estado de 1999 até 2002, além de passagens como deputado federal e como ministro das Cidades no primeiro mandato do governo Lula.
Airto Ferronato (PSB)
O PSB confirmou a candidatura do vereador de Porto Alegre Airto Ferronato. Ele já foi presidente da Câmara da capital gaúcha e diretor-presidente do DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) entre 2001 e 2004.
O primeiro turno da eleição de 2022 está marcado para acontecer no primeiro domingo de outubro, dia 2. E, caso seja necessário, o segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês.
Comandante Nádia (PP)
Tenente-Coronel da Brigada Militar, Nádia Gerhard concorre ao Senado pelo PP. Ela atualmente ocupa o cargo de vereadora pela cidade de Porto Alegre.
Fabiana Sanguiné (PSTU)
Fabiana estreia nas urnas na disputa por uma das cadeiras do Senado pelo Rio Grande do Sul. Servidora municipal, ela é filiada ao PSTU.
Maristella Zanotto (PSC)
A empresária Maristella é a candidata pelo PSC e nunca disputou uma eleição antes.
Paulo Rosa (DC)
O Democracia Cristã lançou o empresário de 53 anos ao Senado. Já se candidatou a cargos como vereador e prefeito da cidade de Viamão, além de concorrer como Deputado Federal, mas não conseguiu se eleger em nenhuma.
Professor Nado (Avante)
Ronaldo da Silva, de 58 anos, é o candidato do Avante ao Senado. Ele, nas eleições municipais de 2020, tentou a Prefeitura da cidade de São Leopoldo, mas não conseguiu se eleger.
Francisco Settineri (PCO)
O PCO lançou o candidato Francisco Settineri. É a primeira vez que ele se candidata em eleições
Confira abaixo os senadores cujos mandatos terminam em 2023. As vagas deles no Senado estarão em jogo nas eleições deste ano
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Eleições 2022
O primeiro turno da eleição de 2022 está marcado para acontecer no primeiro domingo de outubro, dia 2. E, caso seja necessário, o segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês.
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
* Com informações de Anna Gabriela Costa, Gabriela Ghiraldelli e Leonardo Rodrigues, da CNN