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    Rio de Janeiro terá o quinto secretário de saúde em meio à pandemia

    Obstetra e ginecologista Alexandre Chieppe foi escolhido para substituir Carlos Alberto Chaves e

    Iuri Corsini e Pedro Duran, CNN, Rio de Janeiro

    O obstetra e ginecologista Alexandre Chieppe foi escolhido para substituir Carlos Alberto Chaves e assumir o comando da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. Ele será o quinto a comandar a pasta desde a chegada do coronavírus ao Brasil, no início de 2020.

    A troca já vinha sendo cogitada há semanas, como parte de uma reforma do secretariado depois de Cláudio Castro (PSC) ter assumido definitivamente o governo do Rio de Janeiro com o impeachment de Wilson Witzel (PSC). Muito embora Chaves já desconfiasse da demissão, havia decidido não pedir exoneração e inclusive participou das duas cerimônias de posse de Castro no último sábado, tanto na Alerj quanto no Palácio Guanabara.

    Alexandre Chieppe recebeu o convite para o cargo na semana passada. Ele cuida da vigilância epidemiológica do Rio de Janeiro e ajudava a monitorar a circulação do coronavírus e a situação da pandemia com estatísticas. O médico também é major da ativa do Corpo de Bombeiros.

    Egresso do Ministério Público, Chaves coordenou o Grupo de Apoio Técnico Especializado. Ele ficou quase dez anos no órgão. Chegou ao governo em 28 de setembro depois de sucessivas denúncias de corrupção, que acabaram chegando até a cadeira de Witzel.

    Ele deve acabar coordenando a Superintendência de Operações Aéreas, uma ideia que ele teve para fazer os helicópteros do governo serem usados para levar remédios, vacinas e órgãos destinados a transplantes às cidades. O plano de distribuição das vacinas para as 92 cidades do estado foi criado por ele.

    Edmar Santos, que começou a coordenar os trabalhos de combate à pandemia foi preso depois de denúncias de corrupção, fraudes e desvio de dinheiro na pasta. Em julho, o Ministério Público achou “milhões de reais” embaixo do colchão dele. Santos se tornaria, depois, delator em acordo com o MPF e peça chave no impeachment de Witzel.

    Em fevereiro deste ano, a Polícia Federal fez uma nova operação para fiscalizar os superfaturamentos e cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do sucessor de Santos, o médico Fernando Ferry. Ele nega irregularidades. Alex Bousquet que assumiu o cargo depois de Ferry ficou apenas três meses e saiu do governo alegando motivos pessoais.

    Procurado pela CNN, Chaves não quis comentar a troca, que foi confirmada pelo governo do estado.

    Atualmente, o estado do Rio tem 753.732 casos e 45.232 mortes em decorrência da Covid-19. Foi ao longo da gestão de Chaves que o estado bateu os maiores recordes de mortes diárias e recordes de pessoas em filas de espera para receber atendimento em leitos de UTI e de enfermaria, destinados ao tratamento do coronavírus.

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