Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “Resultado da urna tem que ser respeitado”, diz Castro sobre pedido de cassação

    Eles têm que entender que o resultado da urna é soberano, disse o governador

    Cleber Rodriguesda CNN* , Rio de Janeiro

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse estar tranquilo quanto ao pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) pela cassação de seu mandato e de seu seu vice, Thiago Pampolha (MDB), por uso da máquina pública para fins eleitorais.

    “Eles têm que entender que o resultado da urna é soberano. A diferença entre o candidato que ganhou no primeiro turno, com quase 60%, e o que ficou na segunda colocação, foi maior do que a diferença presidencial no segundo turno. Então, o resultado da urna tem que ser respeitado”, declarou Castro nesta quinta-feira (4).

    No parecer apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) na quarta-feira (3), as procuradoras Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini classificam os pagamentos da Ceperj como uma “drástica deformação institucional”. A manifestação ainda cita que o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) identificou pagamentos para mais de mil pessoas ligadas a diretórios partidários municipais e estaduais, além de pessoas já falecidas.

    A ação foi movida pela coligação de Marcelo Freixo (PT), que foi adversário de Castro na eleição estadual de 2022. A base dela era uma investigação por falta de transparência em pagamentos de servidores na Fundação Central Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Serviços Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj).

    “O senhor Marcelo Freixo tem que entender que a população não o quis. Não adianta ir para o tapetão. E a procuradora também tem que entender, que ela não pode ser partidária. Porque o mesmo programa que ela fala, tinha pessoas das duas linhas políticas e ela só denuncia de uma. Temos uma questão que tem que ser respeitada a democracia, a urna e eu confio demais na justiça”, declarou Castro.

    Prisão dos irmãos Brazão pela morte de Marielle Franco

    Cláudio Castro também comentou a prisão dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados pela Polícia Federal (PF) como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

    De acordo com o chefe do executivo fluminense, “a sociedade inteira espera entender o que realmente aconteceu”.

    “A gente tem ali, hoje, é uma prisão preventiva. Acredito que, se a justiça concedeu, é porque achou elementos para isso. Sinceramente não tenho muito o que comentar. Parabenizo a Polícia Federal pelo trabalho. É um crime que precisa ser elucidado, mas assim como a própria PGR mandou de volta, para que tenham mais dados, a sociedade inteira espera entender exatamente o que aconteceu”.

    Regime de Recuperação Fiscal e dívida com o governo federal

    Com uma dívida que já ultrapassa os R$ 188 bilhões com o governo federal, o estado do Rio de Janeiro ainda está costurando um acordo para amortizar as despesas em meio à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal.

    Após um encontro com o presidente Lula (PT), em Niterói, na última terça-feira (02/04), e uma nova reunião com ministros em Brasília, nesta quarta-feira (03/04), Castro afirmou que está confiante em um desfecho positivo para o governo fluminense.

    “Que a gente possa transformar essa dívida pagável. Esse foi o papo com o presidente tanto na questão do regime, quanto na questão da dívida. Tá avançando, ontem fui à Brasília, de novo, para novas reuniões sobre isso e tenho certeza que o Rio de Janeiro terá boas notícias daqui para frente”, disse Castro.

    As falas de Cláudio Castro (PL) à imprensa ocorreram durante o lançamento do programa Pé-de-Meia, no Rio, nesta quinta-feira (4). O evento aconteceu em uma casa de shows na Barra da Tijuca e contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), da senadora Janaína Farias (PT-CE), de demais autoridades, além da participação musical do cantor Ferrugem.

    No estado do Rio de Janeiro, o programa de incentivo financeiro-educacional, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar, destinará cerca de R$ 500 milhões por ano.

    “O Pé-de-Meia” aqui no Rio de Janeiro, a previsão é que possa atender, nessa primeira etapa, algo em torno de 170 mil alunos do ensino médio. Nós já estamos com 158 mil alunos com contas abertas, já recebendo a primeira parcela. O último pagamento foi ontem da primeira parcela dos R$ 200, que será mensal. O investimento aqui no estado do Rio de Janeiro é de cerca de R$ 500 milhões por ano, só nessa primeira etapa”, declarou o ministro da Educação.

    *Com informações de Henrique Sales Barros e Lucas Mendes, da CNN