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    Reprovação à atuação de ministros do Supremo cresce, aponta Datafolha

    Entrevistados que apoiam o presidente Jair Bolsonaro tendem a dar a pior avaliação

    Giovanna Galvani, da CNN, em São Paulo

    A avaliação dos brasileiros sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal piorou desde meados do ano passado, apontam dados da pesquisa Datafolha publicados nesta segunda-feira (12).

    Cerca de 33% dos entrevistados avaliaram a Corte como ruim ou péssima, enquanto 36% julgam existir uma atuação regular e 24% a classificaram como boa ou ótima. Não souberam responder outros 7%. 

    A queda na avaliação é demonstrada no comparativo com os dados da mesma pesquisa realizada em agosto de 2020, quando 29% classificavam o Supremo como ruim ou péssimo, 38% como regular e 27% como ótimo ou bom, com 6% sem saber responder. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, o crescimento de 4 pontos no pior indicativo mostra o desgaste da imagem dos ministros. 

    Segundo o Datafolha, entrevistados que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram os que pior avaliaram o STF. Entre os empresários e os que apontaram sempre confiar no presidente, a pior avaliação foi dada por 52% e 51% dos respondentes, respectivamente. 

    A rejeição foi grande também entre homens (37%), pessoas com nível superior completo (41%) e entrevistados que não pretendem tomar a vacina contra a Covid-19.

    Supremo Tribunal Federal (STF)
    Sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília
    Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

    Em contraponto, avaliam mais positivamente quem possui até o nível fundamental completo (27%) e assalariados sem registro (28%), além de existir menor rejeição no Nordeste do que no Sul: 30% contra 37%. A porcentagem de ótimo e bom também é maior entre os que afirmaram ter o PT como partido preferencial (31%).

    A pesquisa também destaca que 28% dos entrevistados que se consideram “bem informados” sobre as suspeitas de corrupção na aquisição de vacinas também avaliam a Corte positivamente.

    Mesmo assim, o resultado negativo não foi o pior da série histórica iniciada em dezembro de 2019, quando a pesquisa identificou que 39% consideravam-os ruim ou péssimo.

    A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 8 de julho com 2.074 pessoas de 146 municípios de todo o país.