Representantes do PL planejam participar de reunião sobre fiscalização das urnas com o TSE
Técnicos de outros partidos, das Forças Armadas, da PF e de várias instituições devem participar do encontro
Dirigentes do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, confirmaram que técnicos contratados pela legenda para fiscalizar o funcionamento das urnas eletrônicas participarão de uma reunião com a Justiça Eleitoral na próxima segunda-feira (1º) para discutir a auditabilidade das eleições brasileiras.
Ao todo, 16 categorias de organizações públicas e privadas sem fins lucrativos devem ter representantes no evento. O encontro servirá para que a equipe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresente orientações sobre as etapas, métodos, locais e formas de fiscalização, além de auditoria do sistema eletrônico de votação.
Além dos representantes do PL, devem participar da reunião profissionais indicados por outros 31 partidos políticos, federações e coligações, a Ordem dos Advogados do Brasil, o Ministério Público, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, a Controladoria-Geral da União, a Polícia Federal, o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e as Forças Armadas.
O PL pretende apresentar pessoalmente ao menos dois técnicos que vão representar o partido para dar início à tarefa de acompanhar as eleições. Em maio, Bolsonaro divulgou que o PL contrataria uma empresa para fiscalizar as urnas e voltou a levantar dúvidas sobre o processo de aferição dos votos. Para esclarecer a posição do partido, no entanto, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Netto, conversou com o presidente do TSE, Edson Fachin, nesta quarta-feira, e evitou críticas às urnas eletrônicas.
“O PL acredita nas urnas e acredita que as eleições serão transparentes. Explicamos que o nosso intuito é colaborar, não é atrapalhar, não é fazer questionamentos”, afirmou à CNN o vice-presidente da legenda, Capitão Augusto, que também participou da reunião.
Inicialmente, o partido anunciou que iria contratar o Instituto Voto Legal para fiscalizar as urnas. Mas, para evitar descumprimento da legislação eleitoral, de acordo com o partido, a contratação não será mais com a empresa, mas diretamente com dois técnicos ligados ao instituto.
Apesar das críticas ao TSE, a lei autoriza que qualquer partido fiscalize o processo eleitoral, como o funcionamento das urnas.
Impulsionamento
Nesta quarta-feira, a pedido de partidos de oposição, o TSE determinou que o PL se manifeste em até dois dias sobre o gasto de R$ 742 mil em campanha de impulsionamento de vídeos que rendeu mais de 81 milhões de visualizações em 72 horas.
À CNN, o PL afirmou que agiu respaldado pela assessoria jurídica da legenda. “Tudo o que fazemos está dentro da lei e vamos responder dentro do prazo”, afirmou o vice-presidente do PL.