Religião ganha destaque nas campanhas de Lula e Bolsonaro para o 2º turno
Lula acena a evangélicos, e Bolsonaro, a católicos; CNBB lamenta "exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno"
A religião vem ganhando destaque entre as agendas de campanha dos presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) para o segundo turno das eleições, que ocorre no dia 30 de outubro.
O ex-presidente Lula deve divulgar nos próximos dias uma carta de compromissos direcionada a grupos evangélicos, a fim de frear o avanço de Bolsonaro no setor.
De acordo com a pesquisa Globo/Ipec divulgada na última segunda-feira (10), Jair Bolsonaro lidera com 63% das intenções de voto entre os evangélicos; Lula tem 31%.
Já Bolsonaro busca acenar a setores católicos. Na quarta-feira (12), ele foi a uma missa no Santuário Nacional de Aparecida, no interior paulista. No último sábado (8), ele havia participado da celebração católica do Círio de Nazaré, em Belém (PA).
A pesquisa Ipec mostrou que Lula tem 60% das intenções de voto entre os católicos; Bolsonaro tem 34%.
O cientista político e pesquisador da Universidade de Zurique, na Suíça, Victor Araújo, explica que a religião cada vez mais ocupa espaço entre os critérios dos eleitores para avaliarem seus candidatos.
“O Brasil entrou numa nova época, numa nova era político-eleitoral, em que a clivagem econômica — obviamente ela nunca vai desaparecer, nunca vai deixar de ser importante —, mas ela se tornou menos importante do que era em outras épocas. Essa clivagem moral religiosa, ela se tornou tão saliente, que ela rivaliza com outras clivagens, como por exemplo essa clivagem do voto econômico”, disse.
Por outro lado, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota nesta terça-feira (11) em que lamenta a “intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno” das eleições deste ano.
A CNBB afirma que “momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições”.
A pesquisa Ipec considerada entrevistou 2.000 pessoas de forma presencial entre o sábado (8) e esta segunda-feira (10) e tem como margem de erro dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02853/2022.
Publicado por: Danilo Moliterno
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Jerônimo Rodrigues (PT) foi eleito governador da Bahia no 2º turno, com 52,79% dos votos • ROMILDO DE JESUS/Futura Press/Agência Estado
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