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    Eleições 2022

    Religião é pauta paralela que está tomando conta da campanha, diz especialista

    Especialista em marketing político Cila Schulman falou à CNN sobre o impacto da abordagem sobre religião na campanha presidencial

    Anna Gabriela Costada CNN , em São Paulo

    Em participação no Arena Eleições da CNN desta quinta-feira (13), a especialista em marketing político e vice-presidente de Conhecimento e Marketing, Cila Schulman, comentou o impacto da abordagem sobre religião na campanha presidencial deste ano.

    Para a especialista, não é novidade que candidatos transcorram sobre o tema durante a corrida eleitoral. Cila Schulman lembrou que em 2010 o tema também foi abordado na campanha presidencial, com centralização na discussão sobre o aborto.

    Naquele ano, Dilma Rousseff (PT) foi eleita presidente da República após vencer o candidato José Serra (PSDB) no 2º turno.

    “A religião já foi usada em outras campanhas, a de 2010, por exemplo. A questão do aborto foi completamente [comentada], tomou a campanha, mas não resolveu”, disse.

    No entanto, a especialista em marketing político comenta que este ano o tema tornou-se pauta central, quando deveria fazer parte de uma agenda paralela.

    “Não é uma questão central em uma campanha no Brasil, não é um assunto que seja um risco. Acho, absolutamente, uma pauta paralela que está tomando conta da campanha. E talvez a campanha do PT está perdendo nessa agenda e tendo que entrar nela”, afirmou Schulman.

    “Vejo nessa carta [aos evangélicos] um esforço do PT no segundo turno para não perder nada, para não dizer que deixou de fazer nada”, acrescentou.

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