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    Relator da LDO cobra diálogo e diz à CNN que governo não pode vir “tacando a tesoura”

    Para o deputado Danilo Forte, harmonia entre os Poderes é fundamental para a democracia brasileira

    Manoela Carluccida CNN* , São Paulo

    O deputado federal e relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Danilo Forte (União-CE), disse à CNN que é preciso “diálogo e uma preocupação de respeito às instituições” após a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de vetar parte do orçamento dificulta o crescimento do país.

    O Congresso nacional representa todos os brasileiros. São 513 deputados que representam todas as tribos do Brasil. São 81 senadores que representam todos os estados. E o governo não pode vir, aleatoriamente, tacando a tesoura, cortando, criando inclusive dificuldade para si próprio. Porque o Congresso conquistou uma autonomia

    Danilo Forte

    Na segunda-feira (22), Lula sancionou a LDO com veto ao dispositivo que previa o repasse de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão, que são direcionadas à Câmara e ao Senado. Na opinião do deputado, porém, o Congresso não pode ficar “à mercê da boa vontade” para poder liberar a emenda.

    A harmonia entre os Poderes é fundamental para a democracia brasileira. O Congresso Nacional é o Poder Legislativo. A prerrogativa da Constituição garante ao Legislativo a elaboração, a execução da lei orçamentária. E, por outro lado, o Executivo, precisa ter uma coerência e firmeza com relação ao tratamento de uma questão que é tão sensível a todo mundo. Porque todo mundo está ávido por investimento

    Danilo Forte

    Para Forte, o orçamento feito “foi muito redondo”. “Factível dentro da premissa do governo de ter a meta fiscal de déficit zero nas contas públicas”. Com os vetos, na visão do deputado, “o governo está ali criando uma condição de beligerância, de disputa”.

    Na terça-feira (23), Lula disse estar à disposição de líderes do Congresso para explicar o veto. Apesar de o dispositivo ter sido barrado pelo presidente, caberá ao Congresso analisar o ato presidencial e decidir se o mantém ou o derruba.

    Ao longo da entrevista o deputado defendeu a impositividade do orçamento. Para ele, quando mais impositivo ele for, menores serão as “pautas bombas e o populismo econômico que o Brasil gosta de navegar”.

    Sobre o debate que corre hoje no Congresso acerca do assunto, o deputado afirma acreditar que existe maturidade quanto a isso no parlamento: “Nós não vamos entrar nessa birra. Não é uma disputa entre Legislativo e Executivo. É uma busca de soluções para fazer o Brasil ter uma retomada”, conclui.

    *Sob supervisão de Nathan Lopes

     

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