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    Regina Duarte deixa oficialmente o comando da Secretaria da Cultura

    O ator Mário Frias é o nome mais para assumir a Secretaria da Cultura após a saída da atriz, mas ainda não foi realizada uma nova nomeação

    Bianca Camargo e Diego Freire,

    da CNN, em São Paulo

    A atriz Regina Duarte foi oficialmente exonerada do cargo de Secretária da Cultura. O anúncio foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (10), em decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG).

    O decreto informa que a atriz foi exonerada “a pedido”.

    A saída de Duarte era esperada há semanas. Em 20 de maio, como informou a analista de política Basília Rodrigues, da CNN, ela teve reunião com Bolsonaro e acertou um “tom de saída honroso“. A atriz depois confirmou publicamente que deixaria o cargo e disse sentir “falta da família”, razão pela qual gostaria de deixar Brasília e voltar a viver em São Paulo.

    Jair Bolsonaro comunicou na época que ela assumiria a chefia da Cinemateca – o que, até aqui, não foi concretizado.

    “Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias”, escreveu o presidente no Twitter.

    O ator Mário Frias é o nome mais para assumir a Secretaria da Cultura após a saída da atriz, mas ainda não foi realizada uma nova nomeação.

    Regina Duarte foi secretária da Cultura por pouco mais de três meses. Ela assumiu em 4 de março, após a saída do dramaturgo Roberto Alvim – demitido depois de publicar um vídeo no qual parafraseava trechos de um discurso feito por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha durante o nazismo.

    Em 7 de maio, em entrevista exclusiva à CNN, Regina recebeu críticas da classe artística por minimizar a ditadura, afirmando que “sempre houve tortura” e que não gostaria de “arrastar um cemitério”.

    Na ocaisão, Duarte desconversou sobre o tema, cantando trecho do jingle da Copa de 1970. Naquela oportunidade, a atriz afirmou que descartava a demissão e que pretendia permanecer no governo Bolsonaro. A entrevista foi interrompida pela secretária após a exibição de um depoimento enviado nesta quinta à CNN pela atriz Maitê Proença (clique aqui para assistir à íntegra).

    Na mesma edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira também foi publicada a saída de Regina Duarte do cargo de representante da sociedade civil no Conselho do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado. A função não era remunerada.