Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Reação contra Flávio Dino volta a esquentar briga por vaga no STF, dizem fontes

    Articulação para frear favoritismo do ministro da Justiça dá novo fôlego a apoiadores de Messias e Bruno Dantas

    Flávio Dino seria o preferido do presidente Lula para assumir STF, mas seu nome enfrenta resistência até mesmo no PT
    Flávio Dino seria o preferido do presidente Lula para assumir STF, mas seu nome enfrenta resistência até mesmo no PT REUTERS/Adriano Machado

    Clarissa Oliveirada CNN

    São Paulo

    Resistências ao nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, contribuíram para esquentar mais uma vez a disputa pela cadeira de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).

    Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou em conversas reservadas que poderia indicar Dino para a Corte, setores refratários ao ministro se lançaram numa contraofensiva.

    Nos últimos dias, os sinais de confusão começaram a vir do Congresso. Pegando carona na forte oposição de parlamentares bolsonaristas ao nome de Dino, setores ligados ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ao senador Davi Alcolumbre (União-AP) passaram a circular a tese de que seu nome seria de difícil aprovação.

    O Planalto enxergou o movimento como um recado, já que a resistência de bolsonaristas é tida como facilmente administrável caso Pacheco e Alcolumbre se comprometam com a indicação.

    Ministros do STF são indicados pelo presidente da República, mas sua nomeação depende de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e de aval posterior pelo plenário.

    Primeiro escolhido por Lula para integrar o tribunal neste novo mandato, Cristiano Zanin teve seu nome aprovado com ampla margem e de maneira rápida, justamente porque contou com Pacheco e Alcolumbre como padrinhos de sua indicação.

    A sinalização vinda do Senado ajudou a dar novo embalo à candidatura de Bruno Dantas, hoje presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).De acordo com pessoas próximas às negociações, o principal motor da articulação seria a vaga que se abriria no TCU.

    A cadeira poderia, então, ser preenchida por um nome indicado pelo Senado, possivelmente o próprio Pacheco.

    Em outra frente, entretanto, aliados de Jorge Messias, enxergaram na resistência a Dino uma brecha para tentar reacender a candidatura do advogado-geral da União.

    Como informou a CNN no início da semana, Messias já vinha sendo visto como carta fora do baralho até mesmo por alguns de seus colegas de partido. Uma ala petista passou a defender discretamente o nome de Dantas como plano B, caso a disputa afunile entre o presidente do TCU e Flávio Dino.

    Na esperança de estancar a debandada, aliados de Messias voltaram a investir na tese de que Lula deve escolher um aliado fiel para o STF.

    Messias é petista de carteirinha e indica que manteria o alinhamento a pautas petistas se chegar ao Supremo.

    Lula, entretanto, tem sinalizado internamente que a falta de bagagem pode jogar contra o aliado na disputa.

    Veja também: Dino ganha força no STF; Barroso assume presidência amanhã