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    Raquel Dodge é a mais votada em lista sêxtupla do MPF para vaga no STJ

    Colégio de Procuradores realizou a votação nesta quinta-feira (7)

    Vaga precisa ser necessariamente ocupada por algum integrante do MPF ou de algum MPE
    Vaga precisa ser necessariamente ocupada por algum integrante do MPF ou de algum MPE Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

    Douglas Portoda CNN*

    São Paulo

    A ex-procuradora-geral Raquel Dodge foi a mais votada na eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), nesta quinta-feira (7), para formação da lista sêxtupla para preenchimento de uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    Está sendo disputada a cadeira que era ocupada pela ministra Laurita Vaz, que se aposentou em outubro de 2023 e era oriunda do Ministério Público Federal (MPF).

    A vaga da ministra aposentada precisa ser necessariamente ocupada por algum integrante do MPF ou de algum Ministério Público Estadual (MPE). Um terço da composição do STJ é preenchido, alternadamente, por membros do MP e integrantes da advocacia.

    Onze integrantes se inscreveram para a disputa, e os seis mais votados foram:

    1. Raquel Elias Ferreira Dodge (PGR) – 489 votos
    2. Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva (PRR3) – 468 votos
    3. Artur de Brito Gueiros Souza (PGR) – 428 votos
    4. Hindenburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho (PGR) – 402 votos
    5. Carlos Frederico Santos (PGR) – 354 votos
    6. Celso de Albuquerque Silva (PGR) – 313 votos

    Agora, os nomes serão encaminhados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao STJ.

    A Corte, por sua vez, elaborará uma lista tríplice de candidatos – a partir das listas sêxtuplas enviadas pelos Ministérios Públicos Federal, estaduais e do Distrito Federal – para eventual escolha e nomeação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Posteriormente, o selecionado será sabatinado pelo Senado Federal, que fará sua aprovação ou recusa.

    ANPR trabalha para nomeação de indicado do MPF

    A ANPR afirmou que está atuando para assegurar a nomeação de um indicado do MPF para o STJ, que após a aposentadoria de Laurita Vaz, ficou sem nenhum magistrado oriundo do órgão.

    “Não é razoável que um Tribunal nacional como o STJ, que é composto por 1/3 de membros da Justiça Estadual e 1/3 de membros da Justiça Federal, não tenha em sua composição um integrante do Ministério Público Federal como um de seus membros”, afirmou o presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta.

    “Se isso ocorrer, será a primeira vez desde a Constituição de 1988. O que, certamente, afeta o equilíbrio federativo. Então, é essencial que nós tenhamos o reconhecimento da importância da indicação de um membro do MPF para ocupar esta vaga”, prosseguiu.

    Raquel Dodge

    Apesar do favoritismo, as chances de a ex-procuradora-geral ser indicada por Lula são mínimas, segundo interlocutores do presidente e da própria subprocuradora. Raquel foi escolhida para ser procuradora-geral pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).

    À frente da PGR, defendeu a prisão após condenação em segunda instância, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitasse um recurso da defesa do presidente contra sua condenação pelo triplex de Guarujá e defendeu que o petista tivesse sua candidatura barrada em 2018.

    Raquel também se manifestou contra a possibilidade de Lula conceder entrevista enquanto estava preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. A então procuradora-geral afirmou que Lula era um detento em pleno cumprimento de pena e não um comentarista de política.

    *Com informações de Teo Cury