Randolfe diz que governo está aberto a ponderações sobre PEC do Estouro
À CNN, o senador Randolfe Rodrigues falou sobre a tramitação da chamada PEC do Estouro em Brasília.
Em entrevista à CNN nesta terça-feira (29), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado e integrante da equipe de transição do novo governo, falou sobre a tramitação da chamada PEC do Estouro em Brasília.
Segundo Randolfe, o governo eleito está aberto a negociações caso o texto receba ponderações do Parlamento.
“Estamos à disposição para ouvir, obviamente, do Parlamento quais são as ponderações, mas isso em um tempo curto, esse é o maio desafio no momento”, disse Randolfe.
“O governo eleito está a disposição para negociar e fazer todas as tratativas necessárias com o Parlamento, mas o que foi apresentado é a necessidade que se tem diante do quadro de devastação orçamentária que estamos encontrando no país, e diante do compromisso público que o governo eleito assumiu com os brasileiros”, acrescentou o senador.
Integrantes do grupo de transição avaliam que há mais chances de aprovar a PEC que viabiliza o Auxílio Brasil, que voltará a ser chamado de Bolsa Família pelo governo eleito, de R$ 600,00 com prazo de 2 anos fora do teto fiscal – o que duraria, pelo menos, metade do mandato do novo governo.
A ideia inicial do governo eleito era garantir Auxílio Brasil permanentemente livre da regra fiscal.
O grande apelo que tem essa PEC é a necessidade, não do próximo governo, mas do país. Precisamos de margem para garantir a continuação de um programa de segurança alimentar para 21 milhões de brasileiros que estão passando fome, e a intenção do próximo governo de construir um programa social consistente”, afirmou Randolfe à CNN.
Sobre o apoio do PT e os PSB, partidos de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, respectivamente, na reeleição de Arthur Lira na Câmara dos Deputados, Randolfe Rodrigues afirmou que o governo não “interferirá nas eleições das Casas”.
“A posição que o presidente Lula já externou é que o governo não interferirá nas eleições das Casas, da Câmara e do Senado. Tem uma dinâmica própria dos partidos políticos…os partidos politicos têm suas decisões, mas a posição do governo eleito é não interferir nas escolhas do presidentes da Câmara e do Senado”, disse o senador.