Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Eleições 2022

    Rádio de pai de ministro é citada em auditoria

    "Prova de que não agi em favor de ninguém", afirma Fábio Faria, das Comunicações

    Da CNN Brasil

    Uma das rádios citadas na auditoria realizada por empresas contratadas pela campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) é de Robinson Faria, pai do ministro das Comunicações, Fábio Faria. A informação foi divulgada primeiramente pelo jornal “Folha de S.Paulo” e confirmada pela âncora da CNN Daniela Lima e pelo analista de política Leandro Resende.

    Segundo a assessoria de Fábio, “é mais uma prova de que ele não tem nada a ver com essa estratégia de questionar a veiculação dos programas”.

    Ainda de acordo com o comunicado, Robinson, que foi governador do Rio Grande do Norte entre 2015 e 2018, é um dos sócios da rádio, mas que quem comanda a rádio é um ex-prefeito da região que é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), que é da coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “Isso mostra que não agiu em favor de ninguém para montar essa lita de rádio. É uma relação de emissoras que foi feita depois que integrantes da campanha ouviram que algumas rádios do Nordeste não estavam veiculando os programas do Bolsonaro”, conclui a nota.

    Na segunda-feira (24), durante entrevista coletiva, Fábio disse que a equipe recebeu denúncia na semana passada de que “rádios estariam publicando mais inserções do PT do que as inserções do presidente Bolsonaro”. A campanha então contratou empresa de auditoria para analisar a questão e ele se reuniu com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para entregar uma parcial dos números.

    Posteriormente, Moraes considerou inepta a representação da campanha de Bolsonaro.

    O magistrado alegou que o pedido “é deduzido de maneira totalmente vaga e genérica, buscando uma tutela final, a rigor, indeterminada; sem, contudo, se fazer acompanhar das provas necessárias à demonstração do quanto alegado”.

    “Os próprios autores reconhecem a ausência de provas, pois expressamente alegam que ‘estão em andamento tratativas negociais concernentes à contratação de uma terceira auditoria técnica especializada, para a cabal confirmação dos dados originários, já apresentados à Corte’”, afirma o ministro.

    Moraes cobrou mais documentos que levassem a alguma prova das acusações feitas. A campanha, então, encaminhou uma nova manifestação ao TSE na terça-feira (25). Além de negar a ação, o presidente do TSE determinou que os autos desse caso sejam encaminhados ao inquérito das milícias digitais, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e sob a relatoria do próprio ministro.

    (*Publicado por Douglas Porto)

    Tópicos