Radar Político: Perdas e ganhos com impedimento de reeleição no Congresso
Impossibilidade de novo mandato para Maia e Alcolumbre abre possibilidades de menos atrito entre Câmara e Planalto e mais atrito entre Planalto e Senado
No quadro Radar Político, da CNN Rádio, desta segunda-feira (7), Caio Junqueira, Igor Gadelha e Fernando Molica analisam o resultado da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela inconstitucionalidade da reeleição de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre para a Câmara dos Deputados e para o Senado.
“A decisão não é 100% boa para o Palácio do Planalto”, disse Gadelha. “Por um lado, elimina as chances de Rodrigo Maia tentar uma eleição para um quarto mandato à frente da Câmara”. Segundo o analista, os nomes atualmente considerados para o cargo tranquilizam mais o Planalto, cujo preferido é Arthur Lira.
No entanto, a impossibilidade da reeleição de Alcolumbre no Senado não é tão positiva para o governo do presidente Jair Bolsonaro, que teve no senador apoio em pautas e poucos conflitos.
“O MDB já deixou claro que que vai reivindicar para si o comando do Senado e tem alguns nomes que são vistos com ressalvas pelo Planalto”, explicou Gadelha.
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Na análise de Caio Junqueira, o futuro das relações entre executivo e legislativo pode passar a ter o Senado como fonte de atritos. “Se o governo tinha um problema à vista grande com Rodrigo Maia na Câmara, esse problema pode começar a ser transferido para o Senado com a possibilidade de algum senador muito independente, como Eduardo Braga, assumir o cargo.”
Segundo Junqueira, “sem dúvida alguma, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Gilmar Mendes, que encabeçou toda essa operação, a parte jurídica dessa operação, também são os grandes derrotados do dia”.
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