Quero manter o auxílio de R$ 600 caso vença as eleições, diz Lula
Auxílio Brasil foi criado em 2021, pelo governo Bolsonaro, no valor de R$ 400, em substituição do programa Bolsa Família; valor pode subir para R$ 600 com a aprovação da PEC dos Benefícios
O pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que tem a intenção de manter o Auxilio Brasil de R$ 600 caso vença as eleições em outubro. Ele lembrou que o valor já era defendido pelo PT em 2020, no primeiro ano da pandemia de Covid-19.
O petista também criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) por criar benefícios que terminam em dezembro.
“Eu quero manter [o valor]. O PT queria que o auxílio fosse de R$ 600 já em 2020. Bolsonaro que fez uma coisa engraçada: criou uma série de benefícios em período eleitoral que duram até dezembro. Depois disso, vale a palavra do Bolsonaro, que não vale nada, como o mundo sabe, porque todo mundo sabe que ele é um mentiroso”, afirmou em entrevista ao jornal Correio Braziliense publicada nesta terça-feira (12).
A CNN procurou a assessoria do presidente para comentar as declarações, mas ainda não obteve resposta. No final de junho, Bolsonaro justificou o aumento do auxílio para R$ 600 como uma resposta do governo ao “sofrimento dos mais humildes” e uma forma de “atender a todos”.
O Auxílio Brasil surgiu em 2021 em substituição ao Bolsa Família, com um valor de R$ 400. Com a PEC dos Benefícios que tramita no Congresso, o benefício poderá chegar a R$ 600.
Questionado sobre a possibilidade de os benefícios criarem uma “bomba fiscal de R$ 41 bilhões” para o próximo governo, Lula afirmou que governou com “responsabilidade fiscal, social, econômica” durante oito anos e voltou a criticar o teto de gastos.
“Em nenhum país existe esse teto. Nem no Brasil, onde a toda hora se cria uma exceção ao teto. O maior problema de teto no Brasil são as milhares de famílias que viraram sem teto nas grandes cidades, morando nas ruas. Esse é o teto que me preocupa”, afirmou.
O ex-presidente também disse que irá conversar sobre o chamado orçamento secreto com o Congresso eleito pelas urnas em 2022. “Eu quero que o país tenha um orçamento participativo, com as pessoas podendo participar pela internet, opinar no destino dos recursos dos seus impostos”, defendeu.
Fotos: os pré-candidatos à Presidência da República
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook