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    “Querem permitir que o brasileiro pague para ter azar”, critica Damares Alves

    A ministra dos Direitos Humanos é contra projeto de lei que legaliza e regulamenta os jogos de azar no Brasil

    A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves durante cerimônia em Brasília
    A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves durante cerimônia em Brasília Foto: Willian Meira/MMFDH (6.jul.2020)

    Gustavo Uribe

    A ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, se posicionou nesta quarta-feira (15) contra projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados que legaliza e regulamenta os jogos de azar no Brasil.

    A ministra disse à CNN Brasil que, caso a pasta seja acionada para emitir um parecer sobre a proposta, irá se manifestar contra a aprovação da matéria. A Câmara dos Deputados criou um grupo de trabalho para avaliar a iniciativa.

    “Nós temos movimentos para liberar o jogo de azar. O brasileiro já tem azar demais na vida e agora querem permitir que ele pague para ter azar”, criticou a ministra. “Todos sabem minha posição contra a legalização dos jogos de azar”, acrescentou.

    Na avaliação dela, a legalização dos jogos de azar pode estimular práticas de corrupção. Ela ressaltou que ainda não foi convencida de que haverá controle e fiscalização dos recursos oriundos da prática de entretenimento.

    “É claro que vão argumentar que os jogos de azar poderão gerar empregos e girar a economia. Mas quero lembrar que temos outros setores para investir que vão gerar empregos, como o setor do turismo”, afirmou.

    A ministra lembrou que é uma das fundadoras do Movimento Brasil Sem Azar e que, antes de ser ministra, atuou no Congresso Nacional para que a matéria não fosse aprovada.

    “Se o Ministério dos Direitos Humanos for provocado para emitir parecer, com certeza nos manifestaremos contrários à aprovação da matéria”, ressaltou.

    O principal argumento de defensores da proposta é de que ela pode gerar emprego e renda em um momento em que o país se recupera dos efeitos da pandemia do coronavírus