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    Quem os candidatos derrotados vão apoiar no 2º turno para a prefeitura de SP

    Os paulistanos voltarão às urnas no dia 29 de novembro para a disputa entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL)

    Jéssica Otoboni e Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    Os candidatos Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) vão disputar o segundo turno das eleições para a prefeitura de São Paulo, no dia 29 de novembro. Com 100% das urnas apuradas, Covas teve 32,85% dos votos e Boulos, 20,24%. 

    Nos primeiros discursos após a definição do cenário na capital paulista, Covas disse que o resultado indica que “São Paulo quer experiência”. O atual prefeito de SP também afirmou que a cidade precisa de responsabilidade fiscal para buscar a redução das desigualdades e que “a esperança vai vencer os radicais no segundo turno”.

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    Boulos, por sua vez, declarou que “praticamente 70% da cidade de São Paulo votou pela mudança” e que “radicalismo, para mim, é a cidade mais rica do país ter gente revirando o lixo para ter que comer”.

    Em terceiro lugar na votação ficou Márcio França (PSB), com 13,64% dos votos, seguido por Celso Russomanno (Republicanos), com 10,50%, Arthur do Val (Patriota), com 9,78%, e Jilmar Tatto (PT), com 8,65%.

    Abaixo, confira o que os principais candidatos derrotados falaram sobre o segundo turno.

    Márcio França

    Posição no segundo turno: neutro

    Candidato derrotado pelo PSB, com 728 mil votos, o ex-governador de São Paulo decidiu manter a neutralidade no 2° turno em São Paulo. A decisão foi anunciada nas redes sociais na sexta-feira (20).

    O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, decidiu apoiar Boulos.

    Celso Russomanno

    Posição no segundo turno: Apoia Bruno Covas (PSDB)

    Candidato que teve o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a campanha, Celso Russomanno e o seu partido, o Republicanos, definiram apoio à reeleição do prefeito Bruno Covas (PSDB) no segundo turno.

    Em discurso após o resultado, e antes da definição do apoio, Russomanno ressaltou que é leal ao presidente e não iria avaliar se o apoio deste contribuiu para deixá-lo de fora da disputa.

    “A lealdade e a fidelidade valem mais do que uma eleição”, declarou ele em um discurso no início desta madrugada. “Não conversei com ele [Bolsonaro] ainda, mas vou conversar.”

    Russomanno disse ainda que contou com poucos recursos para a campanha, em comparação aos demais candidatos. “Tínhamos poucos recursos e não pudemos fazer impulsionamento. E está cada vez mais claro que o impulsionamento nas redes sociais demonstra uma força muito grande, até pela produção de fake news (notícias falsas) feita contra minha pessoa.”

    Arthur do Val (Mamãe Falei)

    Posição no segundo turno: Não vai apoiar nenhum candidato

    Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube durante a madrugada, ele criticou os dois nomes. 

    “Vocês aí que estão disputando, Boulos e Covas, querem me dar o quê? Uma secretaria, duas? Uma subprefeitura? Duas? Querem me dar cargo? O que vocês vão me dar? Vou falar para vocês: enrola tudo isso aí e, enfim…”, afirmou. “Eu não quero nada. Não apoio nenhum dos dois. Muito pelo contrário. Nós já somos oposição a esses caras.”

    Ele disse ainda que Covas é “um dos piores prefeitos da história de SP” e que a outra opção é “um invasor de propriedade”. Falou também que se sente orgulhoso dos votos que recebeu, mesmo “sem fundão eleitoral, com toda a mídia contra, com todas as pesquisas, sem debate, com 16 segundos na TV, brigando com um monte de figura conhecida”.

    Jilmar Tatto

    Posição no segundo turno: Apoia Guilherme Boulos (PSOL)

    O candidato do PT declarou apoio a Boulos em uma publicação no Twitter na noite de domingo (15). “Acabei de ligar para Guilherme Boulos, a quem tenho como um irmão mais novo. Desejei sorte e disse que ele pode contar comigo e com a nossa valente militância para virar o jogo em São Paulo”, escreveu.

    Na mesma rede social, Boulos agradeceu o apoio e parabenizou o petista pela campanha. “Vamos juntos agora virar o jogo em São Paulo”, disse o candidato do PSOL.

    Outros candidatos

    Joice Hasselmann (PSL), que ficou em sétimo lugar com 1,84%, ainda não declarou apoio oficial a nenhum dos candidatos, mas disse no Instagram que “agora, teremos que escolher no 2º [turno] entre o ruim e o pior, entre o risco ou a certeza do caos”.

    Andrea Matarazzo (PSD), que ficou em oitavo lugar com 1,55%, declarou voto em Bruno Covas (PSDB), mas disse não se tratar de um “apoio formal”.

    A nona colocada, Marina Helou (Rede, 0,41%), e o décimo, Orlando Silva (PCdoB, 0,23%), anunciaram apoio a Guilherme Boulos (PSOL).

    O anúncio da campanha de Helou foi feito pela página oficial da Rede em São Paulo. “A Rede, após alinhamentos programáticos, escolheu apoiar @GuilhermeBoulos. Juntos, construiremos uma cidade mais justa e sustentável”, disse o partido.

    “Foi importante derrotar Bolsonaro no 1º turno! Agora é construir um projeto popular que priorize emprego e renda e faça de São Paulo uma cidade livre do racismo. Vamos juntos!”, escreveu o candidato do PCdoB no Twitter.

    Também concorreram à prefeitura Levy Fidelix (PRTB), Vera Lúcia (PSTU) e Antônio Carlos (PCO). Filipe Sabará (Novo) se registrou inicialmente para concorrer, mas desistiu após ter a candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Eles ainda não se manifestaram sobre o segundo turno.

    (Com Estadão Conteúdo)

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