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    Quem é Pastor Everaldo, preso em operação sobre fraude de contratos no Rio

    Apesar de não ocupar oficialmente um cargo no governo estadual do Rio de Janeiro, Everaldo foi citado nas delações como um homem influente

    Jairo Nascimento, da CNN, no Rio de Janeiro

    O Pastor Everaldo Pereira, presidente do Partido Social Cristão (PSC), foi preso após autorização do ministro Benedito Gonçalves do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Operação Tris In Idem investiga irregularidades em contratos na área da saúde no governo fluminense. A Polícia Federal esteve na casa de Everaldo no bairro do Recreio, zona oeste do Rio, por cerca de duas horas desta sexta-feira. Ele estava sozinho em casa. De viatura, ele foi levado para sede da PF, no centro do Rio.

    Pastor Everaldo foi citado na delação do ex-secretário de Saúde ao Ministério Público Federal, Edmar Santos. Edmar foi preso na Operação Placebo que investiga irregulares nos contratos de hospitais de campanha no Rio. Nos bastidores, Everaldo é considerado influente no governo fluminense e foi mentor político de Wilson Witzel na eleição de 2018.

    As Comissões de Saúde e Covid-19 da Assembleia Legislativa do Rio convocaram Pastor Everaldo para dar explicações sobre os supostos esquemas de corrupção. A reunião virtual está marcada para próxima quinta-feira (3). A presidente da Comissão da Saúde confirmou à CNN que enviará ofício ao Sistema Penitenciário para ouvir o presidente do PSC.

    O PSC enviou nota e disse que “o Pastor Everaldo sempre esteve à disposição de todas as autoridades e reitera sua confiança na Justiça.” Após a prisão, Pastor Everaldo decidiu se afastar do comando do PSC.

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    Momento da prisão de Pastor Everaldo, presidente do PSC, no Rio de Janeiro
    Momento da prisão de Pastor Everaldo, presidente do PSC, no Rio de Janeiro
    Foto: CNN (28.ago.2020)

    Além de ser considerado o padrinho político de Wilson Witzel, Everaldo iniciou sua carreira política em 1999 quando assumiu o posto de secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro na gestão de Anthony Garotinho. Ficou no cargo até 2002.

    Ele se manteve sempre nos bastidores da política e foi ganhando notoriedade dentro de seu partido, o PSC, onde atuou como vice-presidente de 2003 a 2015 até se tornar presidente da legenda, cargo que ocupa até antes da prisão.

    Pastor Everaldo é membro da Igreja Assembleia de Deus e foi candidato à presidência em 2014, ficou em quinto lugar e teve 780 mil votos.