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    Quem é a desembargadora condenada pelo CNJ por ataques a Marielle nas redes

    Desembargadora carioca foi afastada do cargo e terá parte do salário descontado

    Outras publicações da desembargadora incluíam o pedido do fim das cotas para negros e mensagens de apoio à classe militar
    Outras publicações da desembargadora incluíam o pedido do fim das cotas para negros e mensagens de apoio à classe militar Reprodução

    Maria Clara Matosda CNN*

    São Paulo

    Condenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ataques feitos nas redes sociais à vereadora Marielle Franco (PSOL),a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), já pediu a extinção do órgão nas redes sociais e teve de se retratar após ataques ao ex-deputado Jean Wyllys (PT).

    A magistrada atua desde 11 de dezembro de 2006 no TJ-RJ. Ela foi afastada do cargo por três meses, além de ter o salário reduzido.

    Em seu currículo Lattes, a desembargadora se apresenta como Mestre em Direito Processual pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2007), além de ter experiência como professora auxiliar na Universidade Estácio de Sá, também no Rio, em 2005.

    Fim do CNJ

    Em janeiro de 2019, Marília pediu a extinção do conselho ao compartilhar uma postagem no Facebook que noticiava o corte de R$ 60 milhões do orçamento da União daquele ano.

    Outras publicações da desembargadora incluíam o pedido do fim das cotas para negros e mensagens de apoio à classe militar (“O povo precisa entender como funcionam os militares. Eles são honestos, ingênuos e transparentes”). A desembargadora também publicava mensagens em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Jean Wyllys

    O ex-deputado federal Jean Willys também foi alvo de ataques da desembargadora. A magistrada teria sugerido a execução de Willys por defender que ele fosse alvo de um “paredão profilático”. As postagens foram feitas no Facebook em dezembro de 2015.

    Ela teve de fazer uma retratação em texto. “Acabei fazenda referências ofensivas ao Sr. Jean Wyllys de maneira excessiva e inapropriada”, publicou Marília cinco anos depois das publicações irem ao ar, em 2020. O post de retratação era um dos itens do acordo extrajudicial feito entre os dois.

    Ataque a Marielle

    Contra Marielle, a desembargadora publicou mensagens que ligavam a vereadora à facção criminosa Comando Vermelho.

    A família da vereadora entrou em 2019 com uma queixa-crime – em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu a desembargadora.

    O TJ-RJ disse à CNN que a desembargadora não irá se manifestar.

    *Com Estadão Conteúdo