Queiroga pretende dizer à CPI que Copa América foi escolha de Bolsonaro
Ministro da Saúde também vai explicar que caberá à sua pasta a adoção de todos os protocolos sanitários para que o evento esportivo seja realizado com segurança
No novo depoimento que prestará à CPI da pandemia, nesta terça-feira (8), o Ministro da Saúde Marcelo Queiroga, pretende dizer aos senadores que a realização da Copa América no Brasil foi uma escolha do presidente Jair Bolsonaro, mas que caberá à sua pasta a adoção de todos os protocolos sanitários para que o evento esportivo seja realizado com segurança.
Auxiliares de Queiroga disseram à CNN que o ministro deve explicar à Comissão Parlamentar de Inquérito que o protocolo exigido pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) é mais seguro e mais rígido daqueles que têm sido adotados em competições brasileiras. As exigências para a realização da Copa América, dirá o ministro, são até mais duras das que têm sido usadas na NBA, por exemplo.
Entre as regras já estabelecidas para a realização da Copa América no Brasil, a partir do próximo domingo (13), está a exigência de que cada delegação poderá ter, no máximo, 22 jogadores e integrantes da comissão técnica. Todos serão testados 48 horas antes de embarcarem para o Brasil. O deslocamento de seus países de origem será feito por meio de voo fretado.
De acordo com relatos feitos à CNN, Queiroga também está preparado para responder sobre a suposta falta de autonomia à frente da Saúde. O ministro deve dizer aos senadores que tem liberdade para atuar e fazer nomeações. Sobre o episódio envolvendo a infectologista Luana Araújo, Queiroga pretende falar à CPI que o perfil da médica considerado não conciliador impediu que ela ficasse no governo.
Segundo auxiliares de Queiroga, o ministro deve dizer que a infectologista tinha validação técnica para assumir a secretaria de enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, mas questões políticas impediram a nomeação. Queiroga citará, por exemplo, as duras críticas feitas por Luana à utilização da cloroquina e hidroxicloroquina, medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da doença.
O ministro pretende dizer aos senadores que o Brasil precisa, neste momento, de união para que possa superar a pandemia. Queiroga pretende, por exemplo, levar à discussão com senadores medidas para que o país possa ter mais vacinas.