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    Quatro prefeitos de capitais ganham “carimbos bolsonaristas”; veja quem são

    Prefeitos do MDB e PSD fizeram alianças e terão vices do PL com a “benção” de Jair Bolsonaro

    Pedro DuranPedro Venceslauda CNN , São Paulo

    Os atuais prefeitos de São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis e Boa Vista ganharam um reforço na campanha e disputarão as eleições municipais deste ano ao lado de um candidato a vice do PL sob a benção de Jair Bolsonaro, maior liderança do partido.

    As parcerias entre partidos têm sido oficializadas nas convenções realizadas ao longo da última semana.

    O movimento abrange prefeitos do MDB e PSD, partidos do “Centrão”, que originalmente não tinham o bolsonarismo em seu DNA, muito embora fossem eventualmente eleitores ou simpatizantes do ex-presidente.

    Apesar disso, a presença de Bolsonaro deve ocorrer “com moderação” nessas campanhas, segundo interlocutores ouvidos pela CNN.

    Em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), terá o coronel Mello Araújo (PL), indicado por Bolsonaro, como vice.

    Ex-integrante da Rota, grupamento de elite da PM de São Paulo, Mello não era o preferido de Nunes, mas entrou na disputa depois da chegada de Pablo Marçal (PRTB) à campanha, como uma estratégia para fidelizar o eleitor bolsonarista ao prefeito.

    Nesta quinta-feira (1º), a convenção do MDB oficializou o vice de Arthur Henrique, atual prefeito de Boa Vista. O escolhido pelo PL é o tenente-coronel Marcelo Zeitoune.

    A convenção teve a presença da ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, e do ex-ministro Romero Jucá, lideranças do MDB em Roraima.

    O presidente Lula (PT) até teve uma troca de gestos de afago com o prefeito de Boa Vista. Arthur Henrique (MDB) foi em julho de 2023 a Brasília para discursar no lançamento da nova fase do programa Mais Médicos e recebeu Lula em uma visita à cidade em janeiro deste ano.

    O apoio de Bolsonaro, no entanto, foi mais valorizado, uma vez que 79% dos eleitores preferiram o ex-presidente nas eleições de 2022.

    Em Porto Alegre, o também emedebista Sebastião Melo terá em sua chapa a tenente-coronel Betina Worm representando o PL. Durante a convenção do PL, Melo disse à companheira de chapa que ela terá um papel definido caso sejam eleitos.

    “No nosso governo vice tem vez, tem voz e tem participação”, afirmou. Apesar disso, ele não deve ter Bolsonaro como protagonista em sua campanha para não espantar o eleitor que rejeita o ex-presidente.

    O PSD também terá o PL como vice em sua chapa em uma capital. A parceria foi firmada em Florianópolis, onde o prefeito Topázio Neto estará ao lado da vereadora Maryanne Mattos na tentativa de reeleição.

    A escolha dela para ser vice de Topázio passou por um cacique do PL, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello.

    Há cidades ainda onde o PL não indicará o vice, mas apoiará o prefeito. É o caso de Salvador (BA), onde Bruno Reis tentará a reeleição pelo União Brasil.

    A escolha dele foi Ana Paula Matos (PDT), que já é vice-prefeita e poderia, eventualmente, herdar o comando da cidade caso ele saia candidato ao governo do estado.

    E há também cenários onde o prefeito aderiu ao PL para garantir o apoio de Jair Bolsonaro. É o caso de Rio Branco, capital do Acre, onde o prefeito Tião Bocalom trocou o Progressistas pelo PL e, assim, terá também a benção de Bolsonaro, disputando a eleição com apoio já anunciado do ex-presidente.

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