Quase metade dos detidos em 8 de janeiro não está mais na prisão
Segundo dados do STF, ao todo, 1.406 foram detidos em flagrante, dos quais 639 cumprem medidas cautelares
Levantamento feito pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sobre os vândalos bolsonaristas que participaram dos atos de 8 de janeiro aponta que 45% de todos os detidos em flagrante não estão mais presos em regime fechado e hoje cumprem medidas cautelares fora da prisão.
Ao todo, 1.406 foram detidos em flagrante, dos quais 639 cumprem medidas cautelares, como restrições nas redes sociais ou utilização de tornozeleira eletrônica.
Na avaliação da Suprema Corte, eles teriam cometido irregularidades de menor poder ofensivo.
Quase dois meses depois do episódio criminoso, no entanto, 767 ainda seguem presos de maneira preventiva.
Além deles, a Polícia Federal deteve em prisões temporárias ou preventivas 27 pessoas no rastro da Operação Lesa Pátria.
A Defensoria Pública da União tem defendido que os processos relativos aos vândalos bolsonaristas presos em flagrante sejam remetidos à Justiça Federal de Brasília, com exceção dos detidos com eventual foro privilegiado.
Segundo apurou a CNN, a avaliação feita por defensores públicos, que já foi compartilhada com integrantes do STF, é de que, em primeira instância, os processos teriam maior celeridade.
O ministro Alexandre de Moraes, no entanto, tem resistido a essa hipótese.
Ele abriu até o momento sete inquéritos na Suprema Corte relativos ao vandalismo de 8 de janeiro. Eles investigam os executores, os financiadores e os autores intelectuais dos atos.
Prisões relativas ao 8 de janeiro
- 767 seguem presos de maneira preventiva
- 27 presos pela Lesa Pátria
- 639 cumprem medidas cautelares