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    Eleições 2022

    QG de Bolsonaro deve investir no antipetismo e quer levar para TV “quem vai subir a rampa com Lula”

    O objetivo da campanha do atual presidente é atrair o eleitor indeciso

    Kenzô Machidada CNN em Brasília

    Às vésperas do início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, o QG do presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu investir na ofensiva do antipetismo. Segundo integrantes da equipe que toca a campanha à reeleição, a ideia é fazer com que o eleitor, principalmente o indeciso, seja lembrado do quanto já rejeitou o PT – citando os escândalos do Mensalão e do Petrolão.

    Para isso, as peças publicitárias pretendem, por exemplo, dizer ao eleitor que, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição presidencial, ele não subirá a rampa do Palácio do Planalto sozinho. Estará acompanhado de nome envolvidos Mensalão, como Delúbio Soares, José Dirceu e João Vaccari Neto. As peças publicitárias deverão omitir que outro condenado pelo mensalão Valdemar Costa Neto, o presidente do partido de Bolsonaro.

    Nesta quinta-feira (18), pesquisa Datafolha mostrou, por exemplo, que Bolsonaro cresceu sete pontos entre aqueles que ganham de 2 a 5 salários-mínimos. Esse estrato do eleitorado representa, justamente, o setor médio que pode ser enquadrado nos indecisos, mas que, em 2018, votou no atual presidente.

    Integrantes do QG bolsonarista disseram à CNN que um dos aspectos a serem abordados a partir de agora é o de reforçar a ideia de que o antipetismo é mais forte do que o antibolsonarismo. Um tuíte recente do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), é citado como uma espécie de mote desse discurso.

    Na postagem, na quinta (18), o ministro diz: “Há quem não goste de Bolsonaro? Sim. Mas não existirá um antibolsonarismo. Já o antipetismo sempre existiu e nunca vai acabar. Antibolsonaro é alergia. Antipetismo é epidemia”.

    A estratégia nas ruas estará centrada no Sudeste, onde a campanha entende que há mais espaço para recuperar os votos dos que se arrependeram de votar em Bolsonaro em 2018.

    Nas medições internas, os dados mostram que, hoje, o presidente estaria à frente de Lula em São Paulo e Rio de Janeiro. O esforço, agora, é para conquistar o eleitor de Minas Gerais. Historicamente, o candidato que vence neste último estado sai vitorioso da disputa presidencial.

    Não à toa Bolsonaro deu início à campanha na cidade de Juiz de Fora, onde em 2018 ele levou uma facada. Nesta sexta-feira (19), o presidente volta a Belo Horizonte, capital mineira, para inaugurar o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6).