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    PT espera ter maioria na CPI no Senado, mas prevê dificuldade na Câmara

    Na Casa Baixa do Congresso Nacional os bolsonaristas têm conseguido quórum alto em comissões que já tratam do assunto, como a de Segurança Pública

    Sede do Congresso Nacional, em Brasília
    Sede do Congresso Nacional, em Brasília Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

    Larissa Rodriguesda CNN

    em Brasília

    O Palácio do Planalto tem debatido nas últimas horas o papel da base do governo na agora já palpável Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro.

    A articulação governista partiu para ação. A ordem chegou no Congresso Nacional vinda do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

    “Vamos orientar líderes dos partidos da base a indicar membros para essa CPMI, vamos enfrentar este debate político que está tentando ser criado por aqueles que passaram pano aos atos terroristas de 8 de janeiro”, afirmou o ministro.

    Agora, a base do governo já acredita que para a comissão ao menos dois terços dos possíveis 16 membros a serem indicados pelo Senado devem votar com o PT.

    No entanto, na Câmara dos Deputados, as contas são um pouco mais desafiadoras.

    Na Casa, os bolsonaristas têm conseguido quórum alto em comissões que já tratam do assunto, como a de Segurança Pública.

    Por enquanto, os governistas tentam garantir apoio informal ao bloco ligado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) — que deve indicar entre quatro e cinco membros para a comissão. O objetivo é buscar maioria de parlamentares na CPI também na Câmara.

    PL X PT

    Durante a tarde de quinta-feira (20), a primeira ação da base do governo foi deixar claro que será mimada qualquer movimentação por parte do PL para indicar o deputado André Fernandes (PL-CE), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para a presidência da CPMI.

    Costuma ser de praxe o presidente ser quem apresentou o pedido para a criação do colegiado, mas o PT se movimenta — e tem contado com ajuda de outros partidos — para que nesse caso o costumeiro acordo não seja seguido, nem que para isso a presidência da comissão tenha que ser definida no voto.

    Um dos motivos é o fato de que Fernandes é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) justamente no âmbito dos atos criminosos de 8 de janeiro.

    Ele foi incluído na investigação após publicar vídeos em que convocava pessoas para o ato.

    Além disso, depois da invasão ao STF, ele publicou uma imagem da porta de um armário vandalizado do Supremo acompanhada da legenda: “Quem rir vai preso”.

    “A presidência será do bloco governista e relator também”, disse o vice-líder do governo no Congresso, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) no fim do dia. Segundo o deputado, “o governo terá maioria” no colegiado e fará valer esses votos para a escolha da cúpula da comissão.