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    PT e PL se unem por fundo eleitoral de quase R$ 5 bilhões

    Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se posicionou a favor de destaque para reduzir o valor para cerca R$ 900 mi, mas proposta foi rejeitada em plenário

    Gabriela Pradoda CNN , Em Brasília

    Na sessão do Congresso para aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA), o fundo eleitoral bilionário para as eleições de 2024 uniu o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL), legendas declaradamente adversárias. Ambas as siglas defenderam o valor de R$ 4,9 bilhões de reais, previsto no relatório do projeto.

    O montante é mais que o dobro do fundo de 2020, que foi R$ 2 bilhões, e iguala a verba das eleições presidenciais de 2022.
    A medida foi uma das que mais provocou discussões durante a votação do Orçamento 2024, que foi votado nesta sexta-feira (22).

    O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu que o valor fosse o mesmo das eleições de 2020, mas corrigido pela inflação.

    Pacheco disse que se comprometeria a fazer um ajuste com o Congresso em 2024, caso o Legislativo aceitasse um destaque apresentado pelo Partido Novo para reduzir o valor do fundo eleitoral ao mesmo montante apresentado pelo governo, aproximadamente R$ 900 milhões.

    Entretanto, o destaque foi rejeitado. As maiores bancadas do Congresso – PT e PL – optaram pelo fundo eleitoral maior, de olho nas eleições de 2024.

    O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR), explicou porque o partido apoiou o valor apresentado no relatório. “Sempre defendemos financiamento público e o valor que está no relatório”, disse, ainda no plenário da Câmara, à CNN.

    Já o líder do PL, Altineu Côrtes (PL-RJ), defendeu em plenário o valor do fundo. O parlamentar justificou que 2020 foi uma eleição atípica em razão da pandemia. “O valor é alto? É alto, nós devemos discutir a unificação das eleições, mas não dá para comparar com as eleições que nós tivemos durante a pandemia”, discursou.

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